Acolitado e leitorado para mulheres, Schönborn: um desejo realizado

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13 Janeiro 2021

O arcebispo de Viena comenta a aprovação do motu proprio que abre também às mulheres a leitura da Palavra de Deus durante as celebrações litúrgicas e o serviço no altar como ministrantes: o Papa deu um passo a mais, já solicitado no Sínodo de 2012 sobre a evangelização e no recente Sínodo sobre a Amazônia.

A reportagem é de Debora Donnini e Gudrun Sailer, publicada por Vatican News, 12-01-2021.

A partir de agora, as mulheres poderão ter acesso aos ministérios do leitorado e do acolitado. Isto foi estabelecido pelo Papa Francisco com o motu proprio Spiritus Domini, divulgado nesta segunda-feira, que modifica o primeiro parágrafo do cânon 230 do Código de Direito Canônico. O motu proprio é acompanhado por uma carta dirigida ao prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Luis Ladaria, na qual Francisco também recorda que "no horizonte de renovação traçado pelo Concílio Vaticano II, se sente sempre mais hoje a urgência de redescobrir a co-responsabilidade de todos os batizados na Igreja, e em particular modo a missão dos leigos". 

Eis a entrevista. 

Um aspecto importante no qual se detém o cardeal arcebispo de Viena, Christoph Schönborn:

Este passo significa antes de tudo a realização de um voto que foi expresso muitas vezes pela "Ministeria quaedam" de São Paulo VI, porque em seu documento havia sido inserido um pequeno parágrafo, uma linha que dizia que, no respeito à tradição, estes ministérios leigos permaneciam reservados aos homens, excluindo assim as mulheres. Mas agora o Papa deu um passo adiante, já evidenciado no Sínodo sobre a Evangelização de 2012, sob o Papa Bento XVI, e também no Sínodo Extraordinário sobre a Amazônia: o pedido para cancelar esta limitação foi expresso com certa insistência. Assim, o Santo Padre deu agora o passo de esclarecer o que o Papa Paulo VI já havia previsto, ou seja, que se trata de ministérios leigos, não ligados ao sacramento da Ordem. Assim, o Papa deixou à discrição das Conferências Episcopais o estabelecimento de critérios adequados para o discernimento e a preparação dos candidatos e das candidatas.

A Igreja universal é vária e há também diversas sensibilidades litúrgicas. O senhor espera uma velocidade diferente de aceitação desta mudança por parte das diferentes igrejas locais?

É verdade que existe uma diversidade de experiências, de práticas. Creio que na América Latina a prática já existe neste sentido. Na Europa, a maioria das igrejas locais já tem a possibilidade do acolitado, das mulheres leitoras da liturgia. Isto é muito difundido. Portanto, toda Conferência Episcopal deve obviamente implementar este motu proprio em seu ritmo, em suas tradições, mas também no espírito do próprio motu proprio.

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