Novo presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso é espanhol

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28 Mai 2019

O Papa Francisco optou pela continuidade com o cardeal Jean-Louis Tauran, falecido em julho passado, ao nomear o bispo espanhol Miguel Ángel Ayuso Guixot como chefe do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso.

A reportagem é de Nicolas Senèze, publicada por La Croix International, 27-05-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Ignorando todos os candidatos mais diplomáticos que lhe foram apresentados para presidente do dicastério responsável pelo diálogo com as outras religiões, o Papa Francisco escolheu o homem que era seu discreto secretário desde 2012 e é um dos melhores especialistas do Vaticano sobre o Islã.

Nascido em Sevilha, no sul da Espanha, em 1952, Dom Ayuso descobriu sua vocação religiosa em tenra idade, decidindo se juntar aos missionários combonianos, uma congregação de origem italiana que é particularmente ativa na África oriental.

Missionário no Sudão e no Egito

Como resultado, Dom Ayuso passou a maior parte do seu ministério pastoral no Sudão e no Egito. Isso lhe proporcionou uma experiência de base do Islã, na qual ele se dedicou particularmente ao ensino do Islã no St Paul Seminary and Center for Formation of Teachers of Christian Religion, em Cartum, e de Árabe no Centro Dar Comboni de Estudos Árabes e Islâmicos no Cairo.

Diplomado em teologia pela Universidade de Granada, na Espanha, Dom Ayuso também estudou no Pontifício Instituto de Estudos Árabes-Islâmicos (PISAI) em Roma, retornando para lecionar lá em 2003, antes de ser nomeado reitor em 2006.

Vários meses após a ruptura entre a Santa Sé e a prestigiada Universidade Al-Azhar, no Cairo, em 2012, Bento XVI nomeou-o como secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, para trabalhar com o diplomata e cardeal Tauran.

Especialista no Egito, trabalhando em conjunto com o cardeal Tauran, ele pôde usar suas relações pessoais com o pessoal da Al-Azhar para restabelecer o diálogo.

O diálogo é necessário, não é uma opção

Ao longo dos sete anos seguintes, Dom Ayuso multiplicou seus encontros com líderes não apenas do Islã, mas também de outras religiões, defendendo constantemente a sinceridade do diálogo como uma “condição necessária para a paz no mundo” e a única maneira, a seu ver, de “combater o extremismo”.

“O diálogo é uma necessidade, não uma opção”, ele nunca deixou de repetir.

Após a inesperada morte do cardeal Tauran em julho de 2018, ele se tornou o chefe interino do Pontifício Conselho para o Diálogo.

O profundo conhecimento de Dom Ayuso sobre o Islã e a sua grande capacidade de trabalho compensaram a sua falta de experiência diplomática, o que permitira ao cardinal Tauran lidar habilmente com as pessoas, inclusive na Igreja, que ainda mantinham suas reservas em relação ao diálogo inter-religioso.

Documento sobre a fraternidade humana

A declaração conjunta sobre a fraternidade humana, assinada pelo Papa Francisco e pelo imã de Al-Azhar, Ahmed Al Tayeb, em Abu Dhabi, em fevereiro, teve um impacto significativo nesse diálogo.

Enfatizando os princípios do diálogo, o documento afirmou a “liberdade de crença, pensamento, expressão e ação” para todos os fiéis.

Desde então, o Papa Francisco, que acompanhou pessoalmente o desenvolvimento do documento, continuou a promovê-lo e a distribuí-lo entre todos os chefes de Estado que o visitam no Vaticano.

Agora, Dom Ayuso também desempenhará um papel de primeira linha na sua defesa e implementação.

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