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"É muito sangue derramado pelas mãos do Estado". Entrevista com Paulo Joanil da Silva

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23 Abril 2019

"Um dia para protestar em todas as esferas possíveis da sociedade, contra essa maneira equivocada e perversa para com o Planeta Terra. Despertar consciência ecológica, multiplicar todas as ações por mais insignificantes que possam ser, em uma onda que possa atingir consciências de responsabilidade", é assim que Paulo Joanil da Silva, padre Oblato de Maria Imaculada - OMI, olha para o Dia Mundial da Terra. 

A entrevista é de Paulo Henrique Laurêncio Santos, jesuíta, estudante de Direito na Faculdade D. Helder, Belo Horizonte, e que trabalha no SARES, Manaus.

Eis a entrevista. 

O despertar para essa causa, a causa do Planeta.

Em primeiro a considerar, é que o Planeta Terra é um só, não tem outro. E que não existe nós, os humanos e o planeta, como outra coisa. Formamos uma unidade. Somos parte dele e ele parte de nós. Tudo está inter-ligado. Tudo é reciprocidade, fraternidade. Caso contrário é o caos, a destruição por causa de ações predatórias desta “casa comum”. Essa lógica da exploração sem limites dos recursos do planeta como se ele fosse ilimitado, é uma loucura total.

A fraternidade para com o planeta e todos os seres vivos é um sonho, que hoje vai ganhando consciências. Essa sabedoria vem dos nossos ancestrais. É possível o “Bem Viver”, viver com outro estilo de vida em todos os sentidos com relação ao Planeta. Com respeito e sua sacralidade e não uma materialidade. Como rezamos nos Salmos: “Tudo louva o Senhor”. As florestas não podem mais louvar o criador, porque não existem mais, foram queimadas. Esse é o lamento...

Creio que meu despertar para essa causa veio desde a infância, pois cresci no campo, filho de camponês sem terra. Depois, pouco a pouco, na convivência com os povos e estudando a questão das Mudanças Climáticas, essa causa foi sendo aprofundada.

A data – O dia do Planeta Terra.

No contexto brasileiro de hoje, vejo essa data como um símbolo de luta permanente pela vida no Planeta Terra. Não temos o que comemorar, ao contrário, temos muitos motivos para lamentar diante de tantos Projetos de Morte ao Planeta.

Especialmente em nossa Amazônia, com os grandes Projetos de Mineração, Barragens, agronegócio etc. Onde a terra, os rios e florestas são tratados como empecilho ao “desenvolvimento”. Assim como os Povos Tradicionais, Indígenas e Quilombolas, Ribeirinhos etc.

Um dia para protestar em todas as esferas possíveis da sociedade, contra essa maneira equivocada e perversa para com o Planeta Terra. Despertar consciência ecológica, multiplicar todas as ações por mais insignificantes que possam ser, em uma onda que possa atingir consciências de responsabilidade.

Compreender as causas de tanta violência no campo.

Nosso olhar para a vida no campo é de extrema preocupação. De um lado, um Povo camponês que sofre, trabalha para viver na lógica de uma Agricultura agro ecológica, familiar; e de outro lado vivendo sob constante insegurança.

É essa realidade. As causas dessa violência está numa estrutura social e econômica perversa, em que o poder do latifúndio se impõe com todas as forças contra milhares de famílias. Elas resistem com a força da Comunidade e na teimosia. Suas organizações próprias, alimentadas com a força da Palavra de Deus e muita solidariedade. Além dessa causa de modelo concentrador, há outras causas como a impunidade aos violadores dos crimes ocorridos no campo, assim como o crime do trabalho escravo e crimes ambientais.

O papel da Comissão Pastoral da terra.

A CPT tem uma Missão muito clara. Estar à serviço dos Povos da Terra, das Águas e da Floresta. Assumindo suas causas, na solidariedade, respeitando o seu protagonismo nas lutas. O clamor por Justiça que brada aos céus faz da Missão um grito permanente pelos Direitos aos Pobres da Terra.

A Missão Profética da CPT, muitas vezes não é compreendida, assim como muitas das Pastorais Sociais, mas isso não nos tira a certeza do caminho a ser percorrido. Os desafios fazem parte da lógica dos que ousam remar “contra a corrente” desse sistema que exclui e mata.

A acolhida da CPT dentro da Igreja....

A acolhida é sem duvida, parte da História da Igreja no Brasil. A CPT nasceu da inspiração de dois Bispos D. Tomas Balduino e D. Pedro Casaldáliga. E logo ganhando apoio de grande parte dos Bispos e também da CNBB. É um organismo pastoral da CNBB. Claro de alguns membros da hierarquia e do clero olham com certa desconfiança. Por parte dos Leigos(as) é diferente. Admiram e apóiam. Afinal a CPT é um serviço.

Contexto do atual governo.

Esse atual governo já demonstrou sua opção de como quer exercer o seu mandato: do lado dos latifundiários, do agronegócio se revelando uma crueldade incrível aos mais Pobres da terra, como as comunidades Indígenas, camponeses, quilombolas etc. demonstrando claramente sua obsessão pelos ataques aos Direitos Humanos e aos órgãos federais que deveriam estar a serviço constitucional aos trabalhadores Rurais. Quando ele expressa seu lado bélico, de ódio, vai se revelando nas medidas que está tomando. A criminalização dos Movimentos Sociais já está em curso. Muitas vezes é o Estado que têm praticado crimes, como os massacres aos Trabalhadores Rurais Sem Terra nos últimos tempos. (Hoje, dia 17 de abril de 2019, fazemos Memória do Massacre de Eldorado de Carajás- PÁ – no dia 17 de abril de 1996. Quando a Policia Militar do Estado do Pará executou 19 Trabalhadores Rurais). Quantos despejos violentos, casas, Escolas e Igrejas queimadas para destruir os Acampamentos (Por exemplo o Acampamento Hugo Chaves em Marabá no ano passado). É muito sangue derramado pelas mãos do Estado. São muitos os retrocessos.

As utopias não morrem.

Podemos dizer que a solidariedade é uma força invencível em todos os momentos de luta em favor dos Direitos Humanos para os mais Pobres. É uma garantia de que estamos no caminho certo, que apontam para as utopias do “novo céu e nova Terra”. Ela alimenta e dá esperança aos que trilham nos caminhos da justiça, que marcham sem titubear ou querer dar passos para trás, ou cair no individualismo. O Planeta Terra é nossa Casa Comum. É nele que fazemos nossa existência ter sentido e nossa vocação humano-divina. É nele que continuamos a plantar um outro estilo de vida a do Bem Viver, herança viva de nossos ancestrais, com todos e todas, fazendo a diferença e enfrentado os “Golias” do capital. Como bem ilustra na capa de Nossa Agenda Latino-Americana-Mundial desse ano: “AS GRANDES CAUSAS, NO PEQUENO”.

“GENTES SIMPLES, FAZENDO COISAS PEQUENAS, EM LUGARES POUCO IMPORTANTES, CONSEGUE MUDANÇAS EXTRAORDINÁRIAS”. (Provérbio Africano).

Belém-Pá, 17 de abril de 2019.

Leia mais

  • Sumak Kawsay, Suma Qamana, Teko Pora. O Bem-Viver. Revista IHU On-Line, Nº. 340
  • Anapu - PA, um barril de pólvora minado pelo latifúndio. Entrevista especial com Paulo Joanil da Silva
  • O aumento da violência no campo
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  • Conflitos no campo atingem quase 1 milhão de pessoas em 2018
  • Pará concentra 38% dos assassinatos por conflito de terra no país
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  • Para lideranças, denúncias contra família Bolsonaro escancaram violência por trás de seus planos para o campo
  • Carta do MST ao povo brasileiro
  • 17 de abril: as marcas de um massacre
  • Comissão Pastoral da Terra (CPT) registra 65 pessoas assassinadas em conflitos no campo em 2017
  • A questão da Terra no Pará. "O latifúndio está reinando", denuncia bispo de Marabá
  • MPF investiga prejuízos provocados por empresa vinculada a militares em obras da hidrelétrica de Tucuruí
  • Chacina no Pará escancara escalada da barbárie em conflitos agrários no Brasil
  • Brasil é líder em mortes por conflitos fundiários, destaca relatório da Global Witness
  • Pelo 5º ano, Brasil é líder em mortes em conflitos de terra; RO é Estado mais violento
  • Menos de 10% dos 1.700 assassinatos em conflitos de terra vão a julgamento

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