Clima, a poluição causa um quarto das mortes e doenças em todo o mundo: é uma catástrofe sem precedentes

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15 Março 2019

Clima, emergência sanitária no mundo devido à poluição: situação gravíssima, a ONU lança o alarme no relatório apresentado em Nairobi.

A reportagem é de Peppe Caridi, publicada por Meteoweb, 13-03-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Um quarto das mortes prematuras e das doenças em todo o mundo está ligado à poluição e aos danos ambientais causados pelo homem. É o que a ONU escreve em um relatório, apresentado nesta quinta-feira em Nairobi, no Quênia, sobre o estado do planeta. "As emissões poluentes na atmosfera, de substâncias químicas que contaminam a água potável e a destruição acelerada dos ecossistemas fundamentais para a sobrevivência de bilhões de pessoas causam uma espécie de epidemia global que prejudica também a economia", consta no relatório. O relatório sobre o Panorama do Meio Ambiente Global (Geo), no qual trabalharam 250 cientistas de 70 países durante seis anos, também destaca uma lacuna crescente entre países ricos e pobres: o consumo desenfreado excessivo, a poluição e o desperdício de alimentos no mundo desenvolvido, levam a fome, pobreza e doenças em áreas menos desenvolvidas. As más condições ambientais "causam cerca de 25% das doenças e da mortalidade globais", cerca de 9 milhões de mortes só em 2015.

"A poluição atmosférica – consta no relatório - causa 6-7 milhões de mortes prematuras por ano. Por falta de acesso a abastecimento de água potável, 1,4 milhões de pessoas morrem a cada ano devido a doenças evitáveis, como diarreia e parasitas ligados à água contaminada e condições sanitárias precárias. As substâncias químicas derramados nos mares causam efeitos adversos “potencialmente multigeracionais” sobre a saúde e a degradação da terra através da agricultura intensiva e o desmatamento ocorre em áreas da Terra que abrigam 3,2 bilhões de pessoas”.

Enquanto as emissões de gases de efeito estufa continuam a aumentar entre secas, inundações e tempestades agravadas pelo aumento dos níveis do mar, existe um crescente consenso político de que as mudanças climáticas representam um risco para o futuro de bilhões de pessoas. Líderes mundiais em 2015 chegaram ao Acordo Climático de Paris, em que cada nação prometeu ações para reduzir as emissões, na tentativa de limitar o aumento do aquecimento global a 1,5 graus. No entanto, os efeitos da poluição sobre a saúde são menos conhecidos. Tampouco há qualquer acordo internacional para o ambiente semelhante ao de Paris para o Clima.

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