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02 Outubro 2018

Era o crime silencioso, sufocado com uma mão sobre a boca, como as mulheres que o sofriam em silêncio e calavam. Uma geração atrás, na década de 1980, quando aconteceu a tentativa de estupro que poderia derrubar a corrida do juiz trumpista Brett Kavanaugh rumo à Supremo Corte, a tentativa de estupro não mesmo era um crime. Era uma simples “infração” conciliável, que a polícia não mesmo investigaria e os magistrados não processariam. O homem ainda era "caçador" e as mulheres, todos sabiam, estavam disponíveis. A prescrição entrava em vigor após apenas um ano.

A reportagem é de Vittorio Zucconi, publicada por La Repubbica, 29-09- 2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Basta comparar os parâmetros dos 36 anos que passaram da noite de verão 1982 - quando em uma casa dos subúrbios de Washington, Chevy Chase no Contado de Montgomery, a dra. Christine Blasey Ford lembra de ter sido agredida pelo futuro juiz Kavanaugh, certo da impunidade - e os 25 anos de prisão que hoje alguns Estados norte-americanos estipulam para aqueles que tentam violentar uma menor, para ter uma noção o caminho que foi percorrido, da indulgência masculina das leis à revolta das mulheres, que se tornou a mensagem o #metoo.

A condenação ao silêncio, contra a qual milhões de mulheres, garotas e meninas se rebelaram, considerada inevitável apenas 30 anos atrás, tornou-se o grito de uma denúncia que pode demolir o trono de homens poderosíssimos, como o King Kong de Hollwyood, Harvey Weinstein, ou o senhor absoluto da rede de televisão Fox, e conselheiro de vários presidentes republicanos, Roger Ailes. No eterno duelo entre sexo e poder, não é mais um único gênero que sempre se sai vencedor.

Mas se está clara a trajetória dos anos dos dormitórios universitários nos quais o "Juiz Virgem", o choroso Kavanaugh, pertencia a uma "animal house" que tinha como lema: "O NÃO significa SIM, o SIM significa sexo anal", o percurso da longa viagem foi tortuoso e acidentado e está longe de atingir a meta de justiça. Em uma nação que perpetuamente oscila entre os extremos do puritanismo moralista e da permissividade hippie, que prega a mais estrita abstinência sexual nas cavernosas catedrais dos televangelistas, mas, depois, compra a música "gangsta" que canta a mais truculenta sexualidade.

Monica Lewinsky: a sua relação, entre 1995 e 97, com Bill Clinton levou ao impeachment do então presidente democrata. Bill Clinton foi assediado e indiciado por ter mentido e escondido sua triste performance com uma estagiária de vinte anos, Monica, por uma direita extremamente cristã e indignada, da qual também fazia parte, no time dos inquisidores, o juiz hoje sob escrutínio, karma irônico da História. Mas é essa mesma direita extremamente cristã e ‘tão’ respeitável que engoliu as dezesseis denúncias de agressões e assédio sexual contra Donald Trump e aceitou como inocente fanfarronice de vestiário masculino seu galante cortejo favorito: esticar as mãos e agarrar as mulheres pelos genitais.

A linha na praia da justiça recua e depois retorna, mas cada onda vai um pouco mais além. Em 1991, quando a colaboradora de outro candidato ao máximo cargo da magistratura, a advogada Anita Hill, acusou Clarence Thomas de perseguição sexual, os republicanos recorreram à mais vil das táticas, aquela da vítima culpada. "Ela é uma mulher rejeitada", proclamou um senador, portanto ofendida em sua própria vaidade e determinada a se vingar. Hoje, os senadores republicanos, aterrorizados com a ideia de parecer como velhos bodes ao assalto da Dra. Ford, nem sequer tiveram a coragem de interrogá-la, repassando as perguntas a uma mulher magistrada, contratada para a ocasião. Foi ela, a Dra. Ford, que intimidou aquelas decrépitos mandarins que em 1991 haviam tentado intimidar Anita Hill.

De um extremo ao outro, queixam-se os ‘tão’ respeitáveis, acenando o íncubo de mulheres histéricas e mitomaníacas ou jogando-o na vulgaridade dos programas de variedade de televisão dos domingos modorrentos. É sempre uma questão de "ele disse, ela disse," respondem aqueles que constroem barragens de areia com o baldinho de praia contra a onda, e o mundo fervilha de mulheres com muita imaginação ou de cavadoras de ouro. Mas mesmo essa barragem desmorona diante das investigações sobre os quase 300.000 casos por ano de violência sexual contra as mulheres que indicam um percentual máximo de cinco por cento de "falsas denúncias".

Desmoronam, à espera de saber se o caso Kavanaugh será reforçado pela investigação confiada ao FBI depois que Trump aceitou - primeiro caso de um visível marcha-ré do presidente irremovível e infalível - estrelas da mídia e da política, naquela Fox News tão cara à direita, mas também na politicamente corretíssima CBS, a "Tiffany do jornalismo", onde o presidente Les Moonves teve que renunciar depois das acusações de uma mulher. Esfacelou-se o "Papai da America", o adorável ator Bill Cosby, que aos 81 anos foi enviado a uma prisão federal para cumprir pelo menos três anos, culpado de ter drogado pelo menos uma de suas jovens colaboradoras para se divertir.

Se o caminho de Brett Kavanaugh tiver que ruir, seria um caso para estudo, um sinal histórico que nem mesmo a prepotência e o privilégio da casta podem colocar uma mão sobre a boca das mulheres. Sabem muito bem isso seus patrocinadores, como Trump, como aqueles decrépitos sepulcros caiados no Senado, filhos da cultura de "Mad Men", da época de mulheres obrigadas a aceitar tudo e sorrir tornando-se "boazinhas".

O que você mais se lembra daquela noite?, perguntou um senador democrata a Christine. "As risadas". Que risadas? "As risadas de Brett Kavanaugh e de seu amigo, que riam, e riam e se divertiram enquanto ele me mantinha esmagada na cama e tentava me sufocar." Eles ainda riem, mas cada vez menos.

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