22 Dezembro 2016
Com relação à Geração Distribuída (GD), que inclui todas as fontes de energia renováveis utilizadas no Brasil, entre os meses de Julho e Setembro de 2015, haviam 1148 instalações registradas na Aneel. No mesmo período de 2016 tivemos 5040 instalações registradas. Isso representa um aumento de aproximadamente 440% em relação ao ano passado. E apenas falando em energia fotovoltaica o aumento é de 300%. Isso falando apenas de dados oficiais, sem contar as instalações que já estão prontas mas ainda não foram registradas.
A reportagem foi publicada por EcoDebate, 21-12-2016.
A estimativa é que para os próximos 8 anos a geração fotovoltaica esteja presente em todos os estados do Brasil e represente cerca de 4% da capacidade instalada na matriz elétrica, comparados a apenas 0,02% atuais. No total, a capacidade instalada em 2015 é de aproximadamente 30 MW, número que deve crescer para 8.000 MW até 2024. A energia solar fotovoltaica é a fonte de energia que mais cresce no mundo por cinco anos consecutivos.
Primeiramente vale comentar que hoje existem diversas empresas especializadas na instalação de sistemas de geração de energia solar fotovoltaica no país, que são chamados de integradores, e entregam uma solução pronta para o cliente final. Quanto aos fabricantes, especifico de módulos ou de inversores, que são os componentes mais importantes no sistema, temos poucos que fabricam ou apenas fazem a montagem final no Brasil e a maioria são importados da Europa, EUA ou China. Em números podemos dizer que existem cerca de 7 fabricantes relevantes no Brasil.
No mundo, a Fronius importa 90% da sua produção anual e está entre os top 10 fabricantes do mundo. No Brasil, a Fronius é líder de mercado com mais de 3000 unidades de inversores instaladas, totalizando 21 MWp, ou seja aproximadamente 60% do mercado brasileiro pertence a Fronius.
A geração distribuída no Brasil tem como base o net metering, no qual o consumidor-gerador após descontado o seu próprio consumo, recebe um crédito na sua conta pelo saldo positivo de energia gerada e inserida na rede (sistema de compensação de energia). Sempre que existir esse saldo positivo, o consumidor recebe um crédito em energia (em kWh) na próxima fatura e terá até 60 meses para utilizá-lo.
No entanto, o consumidor-gerador não pode comercializar o montante excedente da energia gerada para outros. A rede elétrica disponível é utilizada como backup quando a energia gerada localmente não é suficiente para satisfazer as necessidades de demanda do consumidor-gerador – o que geralmente é o caso para fontes intermitentes de energia, como a solar. As regras básicas são definidas na Resolução Normativa (REN) 482/2012 e aperfeiçoada na REN 687/2015, válidas a partir de 1º de Março de 2016.
Estão disponíveis no mercado linhas de financiamento para a geração distribuída: Mais Alimentos (Pronaf), Economia Verde (Desenvolve SP), Finem (BNDES), PE Solar (Agefepe), Crédito produtivo energia solar (Goiás Fomento), FNE Sol (BNB), Construcard (Caixa Econômica Federal), CDC Eficiência Energética (Santander), Proger (Banco do Brasil), Consórcio Sustentável (Sicredi). Além disso, temos empresas que estão oferecendo soluções financiadas através de contratos de performance (ESCO) e alugueis, chamados de TPO (Third Party Ownership), onde os equipamentos são todos de propriedade da empresa e o cliente paga pela energia gerada para essa empresa e não mais para a concessionária. É uma boa opção para quem deseja ter um sistema instalado e não se preocupar com os custos de instalação relacionados.
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Potencial da energia fotovoltaica - Instituto Humanitas Unisinos - IHU