15 Agosto 2016
A irmã Mónica Astorga, reconhecida em nível nacional e internacional por resgatar mulheres transexuais dos vícios e da prostituição, em Neuquén, Argentina, desde que participou de uma entrevista na televisão, na qual contou sua experiência com este grupo, começou a receber ameaças em sua conta no Facebook.
Fonte: http://goo.gl/iJMKI1 |
A reportagem é publicada por Religión Digital, 12-08-2016. A tradução é do Cepat.
Mónica Astorga pertence ao Mosteiro das Carmelitas Descalças de Centenario, localizado a poucos quilômetros da cidade de Neuquén, onde há 10 anos se dedica a ajudar quem a procura em busca de apoio por causa das situações de marginalização e violência.
Em conversa com Télam, o titular da Direção de Diversidade da província de Neuquén, Adrián Urrutia, explicou que “o ocorrido com a irmã Mónica fala às claras que dentro de instituições como a Igreja Católica são geradas tensões frente a determinados temas, como a diversidade sexual”.
Urrutia ressaltou que “há setores fundamentalistas minoritários que, diante do avanço cada vez mais contundente da igualdade na Argentina e no mundo, estão dando seus últimos golpes de afogados, a partir destes setores reacionários”.
“O mundo seria um lugar muito mais justo se existissem mais religiosas como a irmã Mónica Astorga, que há tempo vem sendo objeto de denúncias anônimas, críticas no Facebook e ameaças por ajudar pessoas transexuais, a quem certo setor da sociedade e da Igreja deixam situadas nas periferias existenciais”, apontou Urrutia.
Antes de fechar sua conta no Facebook, a religiosa convocou aqueles que a ameaçam a conversar pessoalmente: “Estou tranquila, sei que não é fora de lugar receber estas mulheres, reunir-me para rezar com elas, atendê-las e buscar uma saída de trabalho”.
Além disso, em declarações ao La Mañana, de Neuquén, a freira destacou que o Papa Francisco conhece a situação e que recebeu o apoio de sua comunidade.
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Freira que ajuda mulheres trans é ameaçada na Argentina - Instituto Humanitas Unisinos - IHU