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O poder de uma nuvem de perfume. Artigo de Enzo Bianchi

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15 Agosto 2016

"Que alegria reconhecer a presença da pessoa amada através do perfume, antes ainda de vê-la! Era como se o perfume fosse o arauto de uma vinda desejada. Não por acaso, no Cântico dos Cânticos, os perfumes caracterizam a estação do amor, selam a presença dos corpos dos amantes, cujo nome é tão performático a ponto de ser comparado ao do perfume: 'Perfume que se expande é o teu nome!'."

A opinião é do monge e teólogo italiano Enzo Bianchi, prior e fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado na revista Jesus, de agosto de 2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Na nossa vida monástica, tão marcada pela tentativa de espoliação, de simplificação de muitas coisas e tão marcada pelos longos silêncios do entardecer, da noite e da madrugada, pouco a pouco, ao longo dos anos, desenvolve-se uma amplificação da experiência sensorial: os sentidos inscritos no nosso corpo parecem mais treinados ao exercício, mais conscientes, mas também mais dilatados.

No silêncio de um pôr do sol de verão ou na calma pós-meridiana da estação invernal, quando eu faço um passeio no bosque ao redor do meu ermo, tocar a casca rugosa do carvalho ou a casca lisa da bétula desperta em mim uma forte emoção; olhar o surgimento triunfante de uma flor entre as pedras e os galhos de um fosso me surpreende até as lágrimas; escutar na noite o grito da raposa ou o verso admoestador da coruja me provoca um despertar religioso; cheirar o perfume das tílias que eu plantei ou o das castanhas resistentes à doença ou, no inverno, o imperdível aroma do calicanto entre a neve me faz estremecer...

Sim, é uma ampliação dos sentidos provocada pelo fato de dar tempo à consciência, de alimentar a capacidade de atenção, de combater as distrações e os pensamentos que me assaltam.

Mas, já idoso, confesso que é o olfato o sentido que mais me intriga. Para Aristóteles, ele era o mais medíocre de todos os sentidos, e até Darwin o considerava um órgão mais animal do que humano. Por sorte minha e de muitos, Proust escreveu páginas inteiras sobre o fascínio e o poder dos odores, muito antes que Süskind fizesse do perfume não só o título de um romance, mas também a chave para uma fascinante aventura humana.

Na verdade, o olfato mereceria muito mais atenção de nossa parte: nós, de fato, não só fugimos dos maus odores e somos atraídos pelos perfumes, mas, com base neles, também nos aproximamos ou nos distanciamos das pessoas, instintivamente, mesmo antes que a nossa mente se exercite em decidir se comunicar ou não.

Em hebraico, o termo perfume – reach – remete ao espírito, ao sopro, ao vento – ruach –, até porque o perfume se expande levado pelo sopro, pelo vento. Ora, entre esses eflúvios, certamente estão os perfumes que conhecemos na infância e que nos acompanham por toda a vida: aromas ligados às comidas preparadas pela nossa mãe ou avó, perfumes "de casa".

Mais tarde, conhecemos os perfumes do amor: aqueles que nós mesmos escolhíamos para nos perfumar, aqueles da pessoa por quem estávamos apaixonados, os perfumes de um encontro esperado e preparado...

Que alegria reconhecer a presença da pessoa amada através do perfume, antes ainda de vê-la! Era como se o perfume fosse o arauto de uma vinda desejada. Não por acaso, no Cântico dos Cânticos, os perfumes caracterizam a estação do amor, selam a presença dos corpos dos amantes, cujo nome é tão performático a ponto de ser comparado ao do perfume: "Perfume que se expande é o teu nome!".

E, depois, há os perfumes que são descobertos encontrando as pessoas: às vezes, sim, infelizmente, odores repelentes que impedem simpatia, proximidade, acolhida; mas, outras vezes, perfumes que atraem, que parecem pedir que uma pessoa "cheire" a outra em um contato bochecha-bochecha que dá prazer e alegria. Até chegar – privilégio de poucos – ao requinte de que percebe o perfume do corpo, da carne do outro como selo da sua unicidade.

Justamente porque o perfume faz com que reajamos instintivamente, as religiões não puderam abrir mão dele, de modo que o incenso ou o óleo perfumado envolvem os lugares de oração. Na liturgia monástica, quando, ao amanhecer ou ao entardecer, o fogo do incensário queima as essências extraordinárias de rosa, canela, sândalo e as volutas de fumaça dançam em torno de nós todos em oração, parece que estamos quase em uma nuvem, a da presença misteriosa de Deus. Forte emoção, que nos faz sentir "em outro lugar" e em uma relação agradável com os irmãos e as irmãs. Ousaria dizer que a nuvem perfumada do incenso nos ajuda a "fazer corpo", a transformar em uma obra de arte o estarmos juntos diante do Senhor no canto. Sim, uma obra de arte perfumada e que emana perfume!

Mas hoje, quando o sentido mais afetado por alergias e poluentes fedorentos é o olfato, hoje, quando estamos desacostumados a discernir os odores naturais e inibidos por desodorantes, ainda é possível ter uma sensação de felicidade através do olfato?


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