27 Julho 2016
Santo Etienne (em português, Santo Estêvão) era judeu e foi considerado a posteriori como o primeiro mártir da cristandade. Jacques Hamel era um dos padres da paróquia de Saint-Etienne du Rouvray, diocese de Rouen, na França. E, se a matriz terrorista dos seus assassinos se confirmar, ele seria o primeiro pároco mártir do terror do Islã radical que está abalando esta metade do século.
A reportagem é de Giacomo Talignani, publicada no sítio L'HuffingtonPost.it, 26-07-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Há oito anos, Jacques Hamel celebrou o seu "Jubileu de Ouro". Em 2008, ele apagou as velas de 50 anos de sacerdócio. As suas únicas "armas", como lembrou a diocese francesa abalada pela sua morte, eram "a fraternidade e o amor".
Nascido em 1930 em Darnetal e ordenado em 1958, hoje Hamel era padre auxiliar da paróquia de Saint Etienne du Rouvray. Dada a sua idade, há algum tempo, ele ajudava o padre Auguste Moanda-Phauati na gestão da paróquia.
Ao padre Moanda cabia a tarefa, naquela comunidade de pouco mais de 20 mil almas, de celebrar comunhões e crismas, enquanto o padre Jacques continuava celebrando algumas missas, justamente como a da manhã dessa terça-feira, quando, às 9h45, dois terroristas invadiram a igreja.
Há poucos meses, o padre Hamel havia feito um apelo para tornar o mundo mais humano e mais fraterno: uma espécie de testamento espiritual. A revista católica Famille Chrétienne publicou a sua mensagem no jornal da paróquia escrita no início das férias europeias: "Podemos ouvir neste tempo o convite de Deus para cuidar deste mundo, para torná-lo, lá onde vivemos, mais caloroso, mais humano, mais fraterno".
O padre também convidava a rezar pela paz, "atentos àquilo que acontece no nosso mundo nestes tempos".
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Quem era o padre Jacques Hamel, morto pelos terroristas na França - Instituto Humanitas Unisinos - IHU