Estudo avalia impactos da construção das hidrelétricas na Amazônia

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08 Junho 2016

Para avaliar os impactos das barragens Jirau e Santo Antônio nos estoques pesqueiros do curimatã (Prochilodus nigricans), o doutor em Biologia de Água Doce e Pesca Interior do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) Michel Catarino está desenvolvendo um estudo que pretende propor um modelo mais econômico para a gestão dos recursos pesqueiros do Amazonas.

A reportagem foi publicada pelo jornal A Crítica, 07-06-2016.

A pesquisa conta com aporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), via Programa de Apoio à Fixação de Doutores (Fixam), e deve ser concluída em 2018.

Segundo o pesquisador, além dos estoques de curimatã, os impactos das barragens do rio Madeira sobre os estoques de outras espécies importantes comercialmente, como os grandes bagres, também serão avaliados.

“É um modelo de avaliação que requer menor investimento financeiro e tempo para ir se configurando como uma alternativa para a gestão de recursos pesqueiros na bacia amazônica. Nesse estudo, pretendemos aplicá-lo para avaliar os impactos das barragens sobre os estoques de importantes espécies comerciais, mas também divulgá-lo como ferramenta de gestão, principalmente às instituições diretamente ligadas à pesca”, disse Catarino.

De acordo com ele, as avaliações serão realizadas por meio do programa Participatory Fisheries Stock Assessment (PARFISH). O programa utiliza a estatística bayesiana para estimar o valor de Rendimento Máximo Sustentável (RMS) em termos de probabilidade, associado às incertezas, permitindo fazer inferências sobre a situação dos estoques.

“A base de informação é o conhecimento empírico dos pescadores sobre os recursos explorados, mas também é possível incorporar dados de desembarque pesqueiro nas análises, diminuindo a incerteza dos resultados obtidos”, explicou.

Coleta de dados

Até o momento, a coleta de dados biométricos e empíricos está restrita à cidade de Manaus e é direcionada aos pescadores que atuam no rio Madeira. Segundo ele, a escala do estudo será mais ampla e novos dados devem ser coletados em vários municípios situados tanto acima quanto abaixo das barragens, como Humaitá, Nova Olinda, Manicoré, Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Porto Velho.

“Até o momento, foi possível coletar informações apenas em Manaus. Esperamos realizar ainda cerca de 200 a 300 entrevistas ao longo do rio Madeira, nos próximos dois anos. O envolvimento dos pescadores é fundamental para a pesquisa, pois são eles que fornecem as informações necessárias para rodar o modelo”, disse o pesquisador.

Dados mais acessíveis

Para Michel Catarino, um dos principais benefícios da pesquisa será a divulgação de uma ferramenta rápida e relativamente barata para avaliação de estoques pesqueiros na Amazônia, que poderá aumentar significativamente o conhecimento sobre a situação das espécies comerciais na bacia.

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