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06 Junho 2016

“A Terra Indígena Nhanderu Marangatu é emblemática para o povo Kaiowá Guarani. A luta de Marçal Tupã' i, assassinado em 25 de novembro de 1983 marcou profundamente a luta desse povo pela reconquista de seu território. No dia 15 de dezembro de 2005 forram expulsos e acamparam na beira da estrada. e duas semanas depois do assassinado Dorvalino. Depois de mais uma década confinados em uma centena de hectares, mais de mil indígenas, vendo seus sonhos e lutas sem nenhuma resposta por parte do Estado brasileiro, retomaram uma parte do território tradicional. Simão Vilhalva foi assassinado. A pergunta que se fazem é até quando essa covardia genocida será praticada contra essa e outras comunidades Kaiowá Guarani”, escreve Egon Heck, do secretariado nacional do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, ao enviar o artigo que publicamos a seguir.

Foto: Laila e Egon Heck

Eis o artigo.

O sol amanheceu triste. Não sabia se ia dar o ar de sua graça, ou anunciar o nome da guerreira Léia, liderança e professora na Terra Indígena Nhanderu Marangatu, município de Antônio João, Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai, falecida nesse dia 3 de junho. Momento de luto e de luta. A terra pela qual ela tanto lutou nas últimas duas décadas, a chamou antes de poder vê-la novamente em poder de seus habitantes originários.

Léia incansável lutadora pelos direitos de seu povo e em especial das comunidades de Nhanderu Marangatu/Campestre, procurou fazer do espaço da escola uma trincheira na luta pela terra, e formação de guerreiros, participantes ativos das lutas pelos seus direitos.

Ela viveu intensamente as lutas e contradições de seu povo. Juntamente com as lideranças Hamilton Lopes e Loretito empenhou-se para evitar a expulsão de seu povo da terra já demarcada e homologada pelo presidente Lula em março de 2005 e suspensa liminarmente pelo ministro do STF Nelnon Jobim.

Para que o mundo saiba

“Venham, convidem as lideranças reunidas em Sombrerito. Venham testemunhar o que vai acontecer aqui. Venham ficar em vigília conosco. Queremos dizer ao mundo o que vão fazer conosco aqui amanhã”, dizia Léia, não conseguindo esconder seu nervosismo e indignação. Com os alunos e professores fizeram uma série de cartazes e faixas que no outro dia, iriam estar presentes na estrada da resistência, aguardando a polícia, com seu pelotão de choque para enfrentar um povo apenas armado com a esperança e secular resistência. E Léia lá estava com seus alunos e colegas testemunhando a covardia da expulsão, ameaças, voos rasantes de helicóptero, casas queimadas e um monte de prepotência. “Não somos bandidos. Queremos apenas a nossa terra”. Era 15 de dezembro de 2005. Dia de intenso sofrimento que jamais se apagará namemória da luta e resistência desse povo.

Foto: Laila e Egon Heck

No dia 24 de dezembro, duas semanas após a expulsão e acampamento na beira da estrada, Léia me liga novamente, e com tom de sofrimento grita no telefone “mataram uma liderança. Atiraram e mataram Dorvalino”. Covardemente foi assassinado com tiros desferidos pelos jagunços contratado pelos invasores.

Esses fatos ganharam o mundo. O secretário especial dos Direitos Humanos, Paulo Vanuchi, juntamente com o presidente da Funai, representantes do governo do Estado, delegados da Polícia Federal e o prefeito de Antônio João, foram, no dia 27 de dezembro visitar a comunidade expulsa e acampada na beira da estrada. Ouviram atentamente os relatos indignados dos Kaiowá Guarani e foram visitar as sepulturas de Dorvalino, Dom Quitito e outras lideranças assassinadas. Se comprometeram a agilizar o processo e punição dos assassinos.

Nos dias subsequentes professora Léia, com outras lideranças indígenas e o representante dos posseiros da Vila Campestre, assentados em terra indígena pelo INCRA, rumaram para Brasilia, para denunciar as barbaridades e violências e exigir ação eficaz por parte do Estado brasileiro.

No Supremo Tribunal Federal, obtiveram a promessa de que assim que os Ministros voltariam do recesso, iriam por em pauta o julgamento da ação de suspensão da homologação da Terra Indígena Nhanderu Marangatu. O processo tinha como relator o Ministro Peluzo.

Foram ao INCRA pedir ao presidente do órgão o reassentamento dos posseiros, solicitado por eles. Receberam a resposta de que em menos de um mês, estaria feito o levantamento cadastral e já tinham em vista terra onde reassentá-los.

Passaram-se mais de dez anos e nem o STF julgou o processo e nem o INCRA fez levantamento e reassentamento dos posseiros. Léia deu uma importante depoimento à representante da dos Direitos Humanos, da ONU. E o mundo ficou sabendo do intenso sofrimento, o genocídio a que estavam submetidos os indígenas desta região.

Depois de uma longa e penosa sobrevivência de mais de mil indígenas em aproximadamente 100 hectares de Terra, o grupo resolveu voltar ao seu território já demarcado e homologado. Isso aconteceu no ano passado. Simão Vilhalva foi assassinado. Nada avançou com relação à terra. Os índios continuam em pequena parte de sua terra tradicional, sobrevivendo a duras penas e suportando permanente pressão dos fazendeiros.

O luto e a luta continuam

Léia foi juntar-se com Marçal, Dorvalino, Simão e milhares de lutadores Kaiowá Guarani, que morrera na luta e esperança da conquista da Terra Sem Males.

Foto: Laila e Egon Heck

Léia viveu e sofreu de forma muito intensa as lutas e contradições de deu povo. Sua memória será certamente mais um estímulo para continuar a luta pelos direitos de todos os Kaiowá Guarani, especialmente na reconquista de suas terras

{youtube}C03AynhXECY{/youtube}

Léia morreu de AVC depois de ter ensinado o ABC dos direitos dos povos indígenas para centenas de crianças e ter participado de inúmeras lutas, especialmente pela terra.

Léia, leia-se guerreira, aqui no espaço da vida continuarás viva na memória da resistência e da afirmação dos direitos e projetos do povo Kaiowá Guarani.

Uno-me a esse povo na homenagem derradeira dessa lutadora e guerreira, na certeza da vitória da vida dos povos originários dessa terra. Adeus Léia Aquino.


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