31 Mai 2016
O Papa, falando livremente no decurso da homilia da missa do Jubileu dos diáconos, disse que lhe desagradava “quando vejo horário nas paróquias, de tal a tal hora, sendo que depois não há porta aberta, não há padre, não há diácono, não há leigo que receba o povo”.
A reportagem é de Giulia Bonaudi, publicada por Il Giornale, 29-05-2016. A tradução é de Benno Dischinger.
Na homilia o Pontífice insistiu, pois, muito nos traços mansos e humildes do serviço cristão, que é imitar Deus servindo os outros: acolhendo-os com amor paciente, compreendendo-os sem cansar-se, fazendo-lhes sentir-se acolhidos, em casa, na comunidade eclesial, onde não é grande quem comanda, mas quem serve, o Papa Bergoglio recomendou sem meias palavras: E jamais censurar em voz alta, jamais.
Assim, caros diáconos – disse ele, retomando o texto escrito – na mansidão amadurecerá a vossa vocação de ministros da caridade. Disponíveis na vida, - concluiu – mansos de coração e em constante diálogo com Jesus, não tereis medo de ser servidores de Cristo, de encontrar e acariciar a carne do Senhor nos pobres de hoje.
E os párocos, o que dizem? Sobre o não aos horários em paróquia se registra um pouco de divisão entre os padres. Não contra um discurso de acolhida, quanto por questões logísticas, às vezes ligadas a carência de pessoal e à disponibilidade das pessoas, outras vezes por razões de seguranças.
Aquilo que pede o Papa – afirma o padre Mauro Manganozzi, da paróquia Nossa Senhora de Lourdes de Tor Marancia, na periferia de Roma – é possível, mas é difícil. A nossa igreja permanece aberta das 8 às 20 horas, em horários no stop: o povo vai e vem. Até durante a pausa para almoço há quem venha pedir e não encontra as portas fechadas. Haverá algum que ponha um pouco de stop, mas nós estamos em primeira linha e damos uma resposta a todos, mesmo nas dificuldades.
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Papa Francisco. Paróquias sempre abertas, nada de agendas ou horários para quem bate à porta. - Instituto Humanitas Unisinos - IHU