Trabalho escravo nas oficinas de costura é tema de novo vídeo do Escravo, nem pensar!

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14 Março 2016

Nos últimos anos, muitas marcas de roupa foram flagradas utilizando trabalho escravo e, infelizmente, esses casos não são raros. Para aumentar sua margem de lucro e se eximir da responsabilidade de arcar com direitos trabalhistas, é comum que marcas populares e grifes renomadas do mundo todo contratem uma longa cadeia de fornecedores, ou seja, terceirizem sua produção. Com a falta de controle, os costureiros ficam mais suscetíveis à escravidão contemporânea nas oficinas de costura com condições precárias.

A reportagem é de Jéssica Stuque, publicada por ONG Repórter Brasil, 11-03-2016.

Para explicar como acontece essa dinâmica no Brasil, o programa Escravo, nem pensar!, da ONG Repórter Brasil, produziu o vídeo Trabalho escravo no setor têxtil, lançado nesta semana. Por meio de um diálogo casual entre duas amigas sobre um vestido comprado em uma liquidação, o vídeo mostra a relação das oficinas terceirizadas com a marca que as contrata. Também mostra as condições degradantes do trabalhador nesses ambientes, que em grande parte é decorrente da falta de vínculo formal de trabalho com a empresa.

Este é o quinto vídeo da série ENP! na Tela, que aborda, por meio da facilitação gráfica, os principais temas das formações e materiais didáticos do Escravo, nem pensar!, como o ciclo do trabalho escravo, o trabalho infantil, o tráfico de pessoas e a ocupação da Amazônia. Ele está disponível para download e também pode ser acessado em nosso canal no Youtube.

Mais sobre trabalho escravo no setor têxtil

Além do vídeo, o Escravo, nem pensar! também lança o fascículo Trabalho escravo nas oficinas de costura, que detalha os nós de produção dessas cadeias e ainda mostra como essa dinâmica tem como vítimas mais comuns migrantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica de países sul-americanos, que chegam aqui à procura de melhores condições de vida. Também constam na publicação a definição legal de trabalho escravo, casos reais de flagrantes do crime, e a história de um trabalhador que sofreu essa violação de direitos.

Os materiais foram produzidos com o apoio do Ministério Público do Trabalho.

Sobre o programa Escravo, nem pensar!

Coordenado pela Repórter Brasil, o Escravo, nem pensar! (ENP!) é o primeiro programa educacional de prevenção ao trabalho escravo a agir em âmbito nacional. Desde 2004, tem realizado atividades em comunidades de regiões de alta vulnerabilidade socioeconômica, suscetíveis a violações de direitos humanos como o trabalho escravo e o tráfico de pessoas. Suas ações de formação e prevenção já alcançaram mais de 170 municípios em dez estados brasileiros e beneficiaram mais de 500 mil pessoas. O programa foi incluído nominalmente na segunda edição do Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo e consta como meta ou ação de planos estaduais, como os do Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins.