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No Nordeste, vítimas da microcefalia enfrentam o abandono das famílias

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29 Fevereiro 2016

Há dois meses, quando a prima do interior entregou em suas mãos o pequeno José Pedro, a balconista Alessandra Dias, de 34 anos, de Camaragibe, região metropolitana do Recife, não se impressionou com a microcefalia. “Assim que o vi, me apaixonei”, contou. O bebê faz parte de um universo ainda não dimensionado de crianças abandonadas pelas famílias após a constatação da má-formação.

A reportagem é de Monica Bernardes, Luciano Coelho e Janaína Araujo, publicada por Estadão, 29-02-2016. 

Desde outubro, quando a notificação se tornou compulsória, houve 209 registros de microcefalia em Pernambuco. Por isso, Alessandra diz entender o gesto da mãe biológica. “Ela tem outros quatro filhos, um com deficiência mental. A família é muito carente e disse que não tinha como criá-lo com os cuidados necessários. Não tive dúvidas, agarrei e nunca mais vou soltar este menino. É meu filho”, disse. Casada há quatro anos e sem filhos biológicos, Alessandra e o marido, o motorista Ivan Lima, de 38 anos, que apoiou o gesto da mulher, foram à Defensoria Pública de Pernambuco para entrar com o processo de guarda oficial de José Pedro, hoje com 6 meses.

O garoto é acompanhado pela equipe médica do Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira, referência no atendimento à microcefalia no Estado. “Já sabemos que ele tem problema na audição, mas a visão está normal. Estamos fazendo tudo o que os médicos mandam. Não temos medo, temos amor”, disse Alessandra.

Presente de Natal. A doméstica Denise Carla, de 33 anos, também virou mãe adotiva de um bebê com microcefalia. O “presente”, como ela diz, chegou na noite do Natal: os pais biológicos da criança tinham decidido entregá-la a um abrigo, quando um amigo da família os levou até Denise. “Foi um susto, mas também uma das maiores emoções da minha vida”, conta. O bebê sofreu uma parada respiratória no parto, ficou com sequelas nas mãos e recebe tratamento no Hospital Universitário Oswaldo Cruz.

O Lar Rejane Marques, um abrigo para crianças abandonadas, na zona norte do Recife, recebeu em outubro de 2015 uma menina com microcefalia. Na ocasião, a criança tinha 13 dias e havia sido entregue a profissionais do Conselho Tutelar ainda no hospital onde nasceu. O Ministério Público de Pernambuco entrou com ação de destituição do poder familiar para abrir adoção. De acordo com o juiz Élio Braz, da 2.ª Vara da Infância, familiares da criança estão sendo ouvidos sobre a possibilidade de cuidarem da menina.

Preocupado com o aumento no abandono de crianças atingidas pela microcefalia, o psicólogo Valter Dutra alerta para a necessidade de reforçar o acompanhamento a gestantes com suspeita. “Muitas dessas mães são carentes, jovens e têm outros filhos para cuidar. O bebê com microcefalia surge como uma barreira. Algumas temem ser abandonadas pelos companheiros, como outras já foram. Estamos falando de pessoas que estão fragilizadas e por isso precisam de apoio e orientação.”

A neuropediatra Vanessa Van Der Linden Mota, uma das primeiras profissionais de saúde a identificar a epidemia de microcefalia no Estado, defende atenção total aos pacientes e familiares. “As mães precisam ser informadas para terem segurança de que seus filhos precisam de cuidados e amor e terão apoio para isso. Esse trabalho precisa chegar aos pais, irmãos, avós. A família toda precisa estar amparada por uma rede sólida de atenção profissional.” Até o dia 20, Pernambuco tinha 1.601 notificações de microcefalia com suspeita de associação ao zika vírus – 209 confirmadas.

Nunca escolhida. Em Teresina, capital do Piauí, uma mulher deu à luz na Maternidade Dona Evangelina, mas, ao receber alta, foi embora sem levar o bebê. A criança havia nascido com microcefalia e a mãe, que reside no interior do Estado, alegou que não tinha condições de cuidar dela. O destino da criança ainda será decidido. A direção da maternidade promoveu um treinamento para as famílias que têm filhos com alguma deficiência para evitar o abandono ou entrega para adoção.

O fenômeno, agravado pela ocorrência de casos de microcefalia, não é recente. No Lar da Criança, que abriga 32 órfãos ou crianças abandonadas que devem ser encaminhados para adoção, vive uma adolescente portadora de microcefalia que foi deixada ali bebê. Ela nunca foi escolhida por casais interessados em adoção.

Na terça-feira, um recém-nascido com a má-formação deu entrada no Lar. A mãe desistiu do filho, alegando falta de condições para criá-lo com dignidade. A direção encaminhou os documentos à Vara da Infância e da Juventude: será mais um bebê com microcefalia na fila da adoção.

Rede. Um grupo de pais que têm filhos com microcefalia se uniu para ajudar as famílias de baixa renda. Por intermédio da Maternidade Dona Angelina, que atende gestantes carentes, eles entram em contato com as famílias e oferecem apoio e orientação para que os bebês sejam criados de forma adequada. O objetivo é evitar o abandono dessas crianças. O Piauí tem 40 casos de microcefalia já confirmados.


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