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Por: Jonas | 26 Agosto 2014

Redes sociais, dinheiro, armas, petróleo, apoios exteriores, teatralização estética da violência extrema e vontade de mudar o mapa regional herdado da colonização ocidental são as características mais ostentadoras do último ator regional que surgiu no Oriente Médio: o Estado Islâmico, Daech em sua abreviação em árabe (Dawla islamiyya fi Iraq wa Chaam). Dirigido por quem até a alguns meses atrás era um homem invisível, Abubaker al Bagdadi, o Estado Islâmico é a terceira denominação de uma organização cujo embrião se formou em 2006, no Iraque, passando a se chamar Estado Islâmico do Iraque e do Levante, em 2013, até se tornar, agora, o Estado Islâmico. Mais sectário e melhor organizado do que a Al-Qaeda, o Estado Islâmico conta com aproximadamente 15.000 combatentes e é produto de um confronto sectário histórico entre xiitas e sunitas, e de dois fatores modernos que desestabilizaram a região: a invasão norte-americana do Iraque, em 2003, e o conflito interno na Síria.

A reportagem é de Eduardo Febbro, publicada por Página/12, 24-08-2014. A tradução é do Cepat.

Para muitos especialistas ocidentais, a potência do Estado Islâmico e sua intenção de criar um califado poderiam, em médio prazo, desorganizar a geografia do Iraque e inclusive mudar os acordos fronteiriços de Sykes-Picot, assinados secretamente em 1916, entre França e Grã-Bretanha, e por meio dos quais o Oriente Médio foi dividido entre regiões de influência e administração. Considerando os combatentes locais ou estrangeiros, grupos mafiosos, bandos beduínos ou antigos militantes do partido Bass, do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, o Daech se consolidou com o fracasso do projeto norte-americano em criar uma “democracia” multiconfessional no Iraque, com a eterna oposição entre a Arábia Saudita e o Irã e com a guerra na Síria, da qual é oriundo. Sobre suas origens circulam todos os tipos de versões, uma mais descabida do que a outra. Segundo o imaginário, o grupo que decapitou o jornalista norte-americano James Foley e que expôs essas imagens na Internet seria uma invenção da CIA, uma invenção do Qatar e da Arábia Saudita, uma ideia da Turquia, uma criação de Israel e até uma jogada de mestre do presidente sírio Bashar al Assad para combater a resistência interna.

De fato, o Estado Islâmico é uma espécie de catalizador de interesses que serve a todos: aos Estados Unidos, porque lhes permitem voltar ao Iraque, ao mesmo tempo em que lhes abrem uma via para resistir o poder xiita; ao Irã, porque lhe abre as portas para ser, novamente, um interlocutor inevitável no jogo iraquiano; a Arábia Saudita (país sunita), porque, mais uma vez, desestabiliza o poder iraquiano dos xiitas; e ao presidente sírio, porque com o Estado Islâmico se criou um foco de resistência interna contra a resistência que combate o seu regime. Em janeiro passado, por exemplo, o braço oficial da oposição síria, o Exército Sírio Livre, e várias formações salafistas moderadas começaram a enfrentar o movimento de Abubaker al Bagdadi, porque este grupo consagra mais forças em atacar aos rebeldes do que ao próprio regime sírio. O saliente primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, acusou a Arábia Saudita e o Qatar de serem os responsáveis pela desordem atual. Estes dois países são aliados carnais dos Estados Unidos e em ambos impera o wahabismo, uma forma muito rigorosa do Islã sunita que inspirou a quase todos os grupos salafistas mais violentos dos últimos anos. Romain Caillet, pesquisador do Instituto Francês sobre o Oriente Médio (IFPO) e especialista em salafismo contemporâneo, sintetiza os objetivos do Estado Islâmico em três fases: “Estes jihadistas funcionam segundo a lógica de combater em primeiro lugar aos xiitas, depois aos regimes árabes e, por último, ao Ocidente”.

O Estado Islâmico surgiu recentemente na Síria, em 2013, mas é um ramo do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, criado em 2007, no Iraque, contra a invasão norte-americana. Seu chefe, Abubaker al Bagdadi, nasceu em Samarra (norte de Bagdá), em 1971. Seu verdadeiro nome é Ibrahim ben Awwad ben Ibrahim al Badri al Samarraï. Após a segunda Guerra do Golfo (2003), o líder assumiu um nome de guerra, Abu Duaa, criando um grupo armado de pouca influência: Jaiche al Sunna wal Jamaa. Em 2004, apareceu em Qaïm, na fronteira sírio-iraquiana, onde dirigiu um ramo da Al-Qaeda. Famoso por sua brutalidade e impiedade, foi preso pelos norte-americanos em 2005.

Abubaker al Bagdadi passou quatro anos atrás das grades, em uma prisão do sul do Iraque. Libertado em 2009, o chefe religioso construiu uma milícia de uma eficácia infinitamente superior a Al-Qaeda. A diferença com o grupo de Bin Laden é notória: não se trata de uma guerra contra o Ocidente, mas, sim, de um projeto geopolítico que excede em muito a retórica do islamismo radical. Seus jihadistas já controlam quase a terça parte do Iraque, país onde recebem o apoio dos oficiais do antigo regime de Saddam Hussein e de boa parte da população. Romain Caillet observa que “o Estado Islâmico conta com o respaldo da maioria dos sunitas do Iraque, que se sentem marginalizados pelo poder xiita de Nuri al Maliki, ao qual assimilam a um regime sectário”. A província de Al-Anbar, ao oeste, Mossul, a segunda cidade do Iraque, a província de Nínive, ao norte, várias partes das províncias de Diyala, ao leste, de Salahedine, ao norte, e de Kirkuk, ao oeste, estão sob o domínio do Estado Islâmico. Na Síria, ao leste, na fronteira com o Iraque, o Estado Islâmico é amo e senhor em uma extensa porção da província de Deir Ezzor. Tem sob sua autoridade sólidas posições em Alepo e, ao norte, quase a totalidade da província de Raqa. São em todas estas regiões que, em 29 de junho, os jihadistas anunciaram o restabelecimento do califado – uma forma de regime político islâmico que desapareceu, em 1924, com a abolição do Império Otomano.

O Estado Islâmico conta com muitas adesões, mas também com oposições no próprio seio da galáxia que o viu nascer. Há pouco mais de um ano, o egípcio Ayman al Zawahiri, chefe da Al-Qaeda, rompeu os laços com Abubaker al Bagdadi. Um dos ramos sírio da Al-Qaeda, Al-Nusra, considera que o Estado Islâmico é uma “catástrofe” para a nação islâmica. Inclusive, na Arábia Saudita, o jornal da situação, Al Riyadh, escreveu que o anunciado califado “se reduz a uma pessoa à frente de uma organização terrorista”.

No Líbano, Jamaa Islamiya, um grupo com sensibilidade parecida com a da Irmandade Muçulmana, qualificou como “hereges” os membros do Estado Islâmico, porque “deformam o Islã e distanciam as pessoas da religião”. O que não quer dizer que o grupo de Abubaker al Bagdadi não conte com recursos consideráveis, começando pelos petroleiros, a extorsão de fundos ou o imposto revolucionário que cobram das populações ocupadas. A cientista política e especialista em Iraque, Myriam Benraad, explica, por exemplo, que o Estado Islâmico na Síria “se apoderou das reservas de petróleo para fazer deles uma carta política e econômica de negociação com os atores presentes. O regime de Al Assad compra petróleo dos islamistas”.

Com bombas ocidentais ou sem elas, os especialistas conjecturam uma mudança radical na região. O surgimento do Estado Islâmico pode colocar fim ao desenho das fronteiras pactuado pelo Ocidente, em inícios do século XX. O traçado fronteiriço ocidental separou Síria e Iraque em dois países, populações que são culturalmente próximas. Isto é principalmente evidente em todo o vale de Eufrates. Minoritários e sem o poder que ostentaram nos anos faustos de Hussein, os sunitas poderiam operar uma espécie de restauração demográfica, caso seja criado um Estado sunita entre a Síria e o Iraque, que é justamente o objetivo do Estado Islâmico. Neste sentido, Romain Caillet pensa que, a partir de agora, há um antes e um depois: “Acredito que o Oriente Médio que conhecemos até hoje acabou. Penso que as fronteiras regionais, que surgiram em 1916, com os acordos de Sykes-Picot (quando foram estabelecidas as fronteiras atuais do Oriente Médio), não existirão mais”. Todos se envolveram nessa trama sem calcular o seu impacto final: Estados Unidos, Arábia Saudita, Síria, Turquia. Abubaker al Bagdadi parece ter se servido de cada contribuição interessada para financiar o seu próprio projeto. Em muito menos tempo, o califa iraquiano foi muito além da atual paralisada Al-Qaeda.


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