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07 Outubro 2013

"A vida continua, mas onde nos leva? Mais cedo ou mais tarde, ela termina, e eis que chega o momento de examinar a situação, eis o tempo certo para publicar o terceiro e último volume das minhas memórias". É assim que o professor Hans Küng, o mais renomado e influente teólogo católico crítico do mundo, exorta no prefácio do seu livro que é publicado agora na Alemanha, Erlebte Menschlichkeit. Erinnerungen (em tradução livre: Humanidade vivida. Memórias), Pieper Verlag, do qual antecipamos alguns trechos.

A reportagem é de Andrea Tarquini, publicada no jornal La Repubblica, 02-10-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Um livro extraordinário, porque revela pela primeira vez a correspondência entre Küng e o Papa Francisco sobre a reforma da Igreja. Portanto, esse livro, ainda mais do que os volumes anteriores, Erkämpfte Wahrheit (Verdade conquistada) e Umstrittene Wahrheit (Verdade contestada), leva-nos ao coração dos dramas e das esperanças atuais da Igreja.

"Küng através de três papados" poderia ser outro título do livro. Depois do ostracismo sob Wojtyla, eis o teólogo rebelde de Tübingen esperar em uma retomada do diálogo com o Vaticano de Ratzinger. Esperança rapidamente desapontada.

Mas eis depois a surpresa. Ratzinger encontra a coragem de renunciar, e o conclave surpreendentemente elege Bergoglio. Que escolhe o nome da esperança, Francisco, e dá passos de reforma. Trocando cartas e sinais com o grande teólogo rebelde.

Epístolas extraordinárias, sem qualquer formalidade: o papa que veio de Buenos Aires assina "Francisco" e ponto final, e nunca perde a oportunidade de exaltar em cada linha o papel crítico desse teólogo que há décadas a Cúria havia banido.

De todos os modos, também um thriller de primeira classe, em suma, mas escrito por um intelectual da Igreja.