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Evangelho de Lucas: teologia da história

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20 Fevereiro 2013

"O templo e a cidade de Jerusalém como lugares exclusivos de salvação ou revelação são superados. O povo de Israel, segundo Lucas, não é mais o “povo eleito” por excelência. Basta perceber a prioridade que Lucas dá aos samaritanos e aos gentios. Lucas nos alerta que o lugar por excelência da revelação de Deus é a pessoa de Jesus. O Menino Jesus é reconhecido como “bendito” (Lc 1,42); na sua humanidade “visita” o seu povo e toda a humanidade (Lc 1,68.78; 3,6). Deus, em Jesus, visita amorosamente o povo e dá início, assim, a um tempo de salvação, paz, reconciliação e perdão", escreve o Gilvander Luís Moreira, padre da Ordem dos carmelitas, mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblica, de Roma, Itália; é professor de Teologia Bíblica; assessor da Comissão Pastoral da Terra – CPT -, assessor do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos – CEBI -, assessor do Serviço de Animação Bíblica - SAB - e da Via Campesina em Minas Gerais.

Eis o artigo.

O Evangelho de Lucas testemunha uma proposta de libertação e salvação universal, se estende a todos e a tudo, não porque o povo judeu a recusou, mas porque está no plano libertador e salvífico do Deus da vida favorecer toda a humanidade e toda a biodiversidade. O plano libertador-salvífico, segundo o evangelista Lucas, começa com o movimento de Jesus Cristo, no evangelho, e continua no livro de Atos dos Apóstolos sob a ação do Espírito Santo prolongando-se na(s) Igreja(s) – comunidades de fé, amor e esperança - pelo mundo afora.

No plano teológico da obra de Lucas, o tempo da promessa é o Primeiro Testamento, o tempo de Jesus é o evangelho e o tempo da(s) Igreja(s) está em Atos dos Apóstolos. Assim Lucas apresenta uma visão unitária de um único projeto de libertação-salvação, querido pelo Deus da Bíblia, para o ser humano de todos os tempos e testemunhado em sua plenitude em Jesus de Nazaré por meio do dom e da presença do Espírito Santo nas comunidades cristãs.

A cristologia de Lucas revela Jesus como eminentemente compassivo-misericordioso (Lc 7,13; 10,33; 15,20), Salvador de todos (Lc 2,32), curador de todas as doenças (Lc 19,5; 15,2); acolhedor dos samaritanos (Lc 10,29-37; 17,11-19); acolhedor amoroso das mulheres (Lc 8,2-3; 23,49) e praticamente da “comunhão de mesa” com pecadores ao sentar-se à mesa e comer junto com eles (Lc 5,29-30; 15,2; 19,7).

O templo e a cidade de Jerusalém como lugares exclusivos de salvação ou revelação são superados. O povo de Israel, segundo Lucas, não é mais o “povo eleito” por excelência. Basta perceber a prioridade que Lucas dá aos samaritanos e aos gentios. Lucas nos alerta que o lugar por excelência da revelação de Deus é a pessoa de Jesus. O Menino Jesus é reconhecido como “bendito” (Lc 1,42); na sua humanidade “visita” o seu povo e toda a humanidade (Lc 1,68.78; 3,6). Deus, em Jesus, visita amorosamente o povo e dá início, assim, a um tempo de salvação, paz, reconciliação e perdão.

Conzelmann, um estudioso do evangelho de Lucas, afirma que em Jesus, e com ele, o tempo chegou ao seu centro. Por isso ele pôs em um dos seus livros sobre Lucas o seguinte título: O centro do tempo. Os argumentos que sustentam essa tese se apóiam sobre a ênfase dada à palavra hoje, que aparece doze vezes nesse evangelho: Lc 2,11: “Hoje vos nasceu...”; Lc 4,21: “Hoje se cumpre essa passagem da Escritura”; Lc 5,26: “Hoje vimos prodígios...”; Lc 12,28: “A erva que hoje está no campo e amanhã...”; Lc 13,32: “Vão dizer a essa raposa: eu expulso demônios, e faço curas hoje e amanhã...”; Lc 13,33: “Importa, contudo caminhar hoje...”; Lc 19,5: “Pois, me convém ficar hoje em sua casa...”; Lc 19,9: “Hoje a salvação entrou nesta casa...”; Lc 19,42: “Ah se hoje tu conhecesses a paz...”; Lc 22,34: “Afirmo-te, Pedro, que o galo não cantará hoje...”; Lc 22,61: “Hoje três vezes me negarás...”; e Lc 23,43: “Hoje estarás comigo no paraíso...”.

É claro que a palavra “hoje” não tem o mesmo sentido em todos esses versículos, mas o fato de aparecer tantas vezes demonstra como o Jesus apresentado por Lucas valoriza o hoje, o aqui e agora. [“Felizes vós, que agora tendes fome (e chorais), porque sereis saciados (e haveis de rir)” (Lc 6,21)]. “Hoje se cumpre essa passagem da Escritura (Lc 4,21)”. Para entender bem essa afirmação, devemos recordar que, para o povo judeu, toda vez que se lia a Bíblia Deus estava falando e manifestando-se. A Palavra para o mundo semita é viva e eficaz (Is 55,10-11). Pela Palavra, Deus nos visita e devemos ter sensibilidade para captar sua mensagem. O tempo de Deus é o “hoje” da história (Lc 4,21). É como canta Zé Vicente, um dos cantores das Comunidades Eclesiais de Base: “Nas horas de Deus, amém!... Luz de Deus em todo canto... Que o coração do meu povo de amor se torne novo...”.  E como diz Rubem Alves no livro Tempus Fugit: “Só descobrimos a beleza do momento presente, do hoje e do agora, quando descobrimos que o tempo é fugidio, escorre, passa e não volta nunca mais. Quando chegamos a essa descoberta passamos a viver com intensidade cada minuto e cada segundo da nossa vida.  Eis um dos traços da teologia lucana.

Para Lucas a prática é decisiva. Isto é comprovado na obra lucana com expressões como: “Façam coisas para provar que vocês se converteram...” (Lc 3,8a); “As multidões, alguns cobradores de impostos, alguns soldados... perguntaram a João Batista: ‘O que devemos fazer?’” (Lc 3,10.12.14). Um escriba pergunta a Jesus: “O que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” (Lc 10,25) e depois de contar o “episódio-parábola” do Bom Samaritano, Jesus responde dizendo: “Vá, e faça a mesma coisa” (Lc 10,37). Muitos outros textos podem ser evocados para respaldar a conclusão de que Lucas dá uma grande prioridade à ação. O primeiro versículo dos Atos dos Apóstolos traz a seguinte frase: “... tudo o que Jesus começou a fazer e a ensinar”. A prática é recordada antes do ensinamento, o que quer dizer que acima da ortodoxia está a ortopráxis. Mais importante do que ter uma “opinião certa” é ter uma prática correta, libertadora. Por aqui entrevemos a perspectiva universal da teologia lucana. Lucas quer dizer que uma das grandes características das primeiras comunidades é que eram comunidades de ação, de prática, de testemunho libertador. Não se trata de qualquer tipo de ação, mas de ação solidária e libertadora.

Lucas apresenta as seguintes condições para seguir Jesus: viver em pobreza radical,  não temer repressões,  não fazer discriminação racial ou cultural,  acolher preferencialmente os pobres.
Ser discípulo do Galileu significa seguir os passos de Jesus, acompanhá-lo rumo a “Jerusalém”, onde cumprirá o seu “destino”, o seu “êxodo” rumo ao Pai. Ser discípulo de Jesus Cristo inclui não somente a aceitação do ensinamento do Mestre, mas também uma identificação pessoal com o estilo de vida de Jesus e com seu compromisso com os pobres que pode levar, muitas vezes, ao martírio como caminho para a ressurreição.

Jesus vive a espiritualidade do conflito, apesar do caminho da cruz, o clima predominante é de entusiasmo e alegria,  cultivando assim a serenidade e a paz interior diante das “tempestades”.


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