11 Agosto 2017
Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Por meio de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora - MG.
Retrato
(Foto: Arquivo pessoal de Renato Rezende)
Quando menino encompridava rios.
Andava devagar e escuro – meio formado em
silêncio.
Queria ser a voz em que uma pedra fale.
Paisagens vadiavam no seu olho.
Seus cantos eram cheios de nascentes.
Pregava-se nas coisas quanto aromas.
Fonte: Manoel de Barros
Manoel de Barros | Foto: Nova Escola
Manoel Wenceslau Leite de Barros (1916 - 2014): Poeta nascido no Mato Grosso está ligado ao pós-Modernismo brasileiro, mas sempre foi muito próximo à Antropofagia de Oswald de Andrade e à avant-garde europeia do começo do século XX. Seu primeiro livro, Poemas concebidos sem pecado (1937), foi produzido por um grupo de amigos e publicado com uma tiragem de apenas 21 exemplares. É aclamado nacional e internacionalmente pela originalidade do seu trabalho, tendo sido agraciado com mais de 10 prêmios, entre os quais, dois Jabutis. Autor de vasta obra, com mais de 30 livros publicados, ente eles, Compêndio para uso dos pássaros (1960), Tratado geral das grandezas do ínfimo (2001), Poemas Rupestres (2004), Portas de Pedro Viana (2013). Sua mais famosa publicação é Livro sobre Nada (1996).
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Manoel de Barros na oração inter-religiosa desta semana - Instituto Humanitas Unisinos - IHU