20 Janeiro 2014
"Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. Deixou Nazaré, e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, nos confins de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: «Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos que não são judeus! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; e uma luz brilhou para os que viviam na região escura da morte.»
Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: «Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo.»
Jesus andava à beira do mar da Galileia, quando viu dois irmãos: Simão, também chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando a rede no mar, pois eram pescadores. Jesus disse para eles: «Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de homens.» Eles deixaram imediatamente as redes, e seguiram a Jesus. Indo mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. E Jesus os chamou. Eles deixaram imediatamente a barca e o pai, e seguiram a Jesus". (Mateus 4,12-23)
(Correspondente ao 3° Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano litúrgico.)
Em teu silêncio acolhedor
nos ofereces ser tua palavra
traduzida em milhares de línguas
adaptada a toda situação.
Queres expressar-te em nossos lábios
no sussurro ao doente terminal,
no grito que sacode a injustiça,
na sílaba que alfabetiza uma criança.
Em teu respeito a nossa história,
nos ofereces ser tuas mãos,
para produzir o arroz,
lavar a roupa familiar,
salvar a vida com uma cirurgia,
chegar na carícia dos dedos
que alivia a febre sobre a testa
ou ascende o amor na face.
Em tua aparente paralisia,
nos envias a percorrer caminhos.
Somos teus pés e te aproximamos
das vidas mais marginalizadas,
pisadas suaves para não despertar
as crianças que dormem sua inocência,
passos fortes para descer até a mina
ou entregar com pressa uma carta perfumada.
Nos pedes ser teus ouvidos,
para que tua escuta tenha rosto,
atenção e sentimento,
para que não se diluam no ar,
as queixas contra tua ausência,
as confissões do passado que remói
a dúvida que paralisa a vida
e o amor que partilha sua alegria.
Obrigado, Senhor, porque nos necessitas.
Como anunciarias tua proposta
sem alguém que te escute no silêncio?
Como olharias com ternura,
sem um coração que sinta teu olhar?
Como combaterias a corrupção
sem um profeta que arrisque?
Benjamin Gonzalez Buelta
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Evangelho de Mateus 4, 12-23 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU