O uso de planos de saúde no Brasil

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

02 Agosto 2016

Número de usuários de planos de saúde aumentou 17 milhões desde o ano 2000. Planos empresariais são os mais contratados.

A reportagem é de Rodolfo Almeida e Beatriz Demasi, publicada por Nexo, 01-08-2016.

No Brasil, desde a regulamentação do SUS (Sistema Único de Saúde) em 1988, os cidadãos têm direito ao acesso integral, universal e gratuito a serviços que vão desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos. Antes de 1988, apenas 30 milhões de brasileiros tinham acesso aos hospitais públicos, pois o atendimento era restrito àqueles que contribuíam para a Previdência Social. Hoje o SUS beneficia mais de 190 milhões de brasileiros e realiza 75% dos procedimentos de alta complexidade no país.

Uma parte da população utiliza planos de saúde privados oferecidos por operadoras. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é o órgão regulador responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil. Atualmente, 24,5% da população brasileira, ou 48,5 milhões de pessoas, utilizam planos de saúde, um aumento de 6,8 pontos percentuais em relação a 2000. O número de usuários caiu pela primeira vez desde o início do século na comparação entre junho de 2015 e junho de 2016, correspondendo a 1,6 milhões de pessoas que neste período de um ano deixaram de ter um plano.

A maior diminuição foi no número de planos empresariais, devido à crise financeira que tem reduzido o número de pessoas empregadas. O Instituto de Estudos de Saúde Complementar aponta a deterioração do mercado do trabalho, que fez recuar em 1,5% (comparação do primeiro trimestre 2015 com o primeiro semestre 2016) a proporção da população ocupada, como a principal causa dessa queda. Menos de 10 milhões de pessoas são usuárias dos planos do tipo individual ou familiar.

Observações: a taxa de cobertura compreende a razão, expressa em porcentagem, entre o número de beneficiários e a população em uma área específica. No ANS Tabnet, o cálculo é feito para Grandes Regiões, Unidades da Federação, capitais e regiões metropolitanas, por sexo e faixa etária.

Fonte: ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), 2016. Mostra de 20 anos do SUS, Ministério da Saúde.