18 Julho 2016
A principal debilidade gastronômica do Papa Francisco? Os brownies. É uma pessoa que vai deitar tarde à noite? Não, não faz as horas pequenas. Levanta muito cedo e canta o tango. Lhe agrada muito. Enquanto faz a barba escuta música e canta o tango. Ada Falcón é sua cantora preferida (chamavam-na a imperadora do tango e morreu aos 97 anos de idade). Faz a sesta (soninho pós-meridiano) porque diz que é como viver a alvorada duas vezes. Repousa 45 minutos cada dia, entre as 15 e as 15h45. Naquela hora o Padre Jorge desaparece!
A reportagem é de Luis Badilla, publicada por Il Sismografo, 17-07-2016. A tradução é de Benno Dischinger.
Estas são algumas anotações de Alicia Barrios, uma jornalista argentina, muito amiga e próxima ao Papa Francisco há mais de 20 anos, autora do livro Meu amigo padre Jorge, um conto singular que narra uma amizade profunda, sincera e que revela, ainda uma vez, a sólida humanidade do homem e do sacerdote que, atualmente, há mais de três anos desenvolve o ministério de Bispo de Roma.
Alicia Barrios, que nestes dias apresentou o seu livro na Espanha, em algumas entrevistas, em particular a La Razón, responde a numerosas perguntas sobre seu amigo padre Jorge; e recorda a sua relação nascida por 1996, pouco antes que mons. Bergoglio fosse promovido arcebispo coadjutor de Buenos Aires, aos três de junho de 1997. Do seu amigo, Alicia Barrios sublinha o senso do humorismo, sua sã ironia e sua capacidade de contar anedotas para fazer passar mensagens profundas.
O ‘Padre’ Jorge fala com a linguagem do homem de rua, da gente comum, recorda Alicia Barrios e, a propósito dos muitos amigos argentinos que apareceram nestes últimos anos, da manhã à noite, a jornalista diz não sem uma pitada de ironia que o Papa se dá perfeitamente conta da situação. Sobre a relação do Pontífice com a sua pátria, a Argentina, Alicia Barrios oferece uma leitura tocante: É uma coisa sobre a qual jamais quero fazer perguntas já que isto é para ele uma verdadeira dor.
A Argentina é atualmente um lugar aonde não pode mais voltar. Tenho a impressão que, quando me vê, sente junto a ele um pedaço da sua terra. Quando me despeço parece-me vê-lo chorar. Cada vez que o encontro lhe trago alfajores (doces de leite argentinos, ndr.), mas ele sabe que deve tomar cuidado porque engordam. Se pudesse retornar à Argentina seguramente iria viver na Casa para padres anciãos na quadra Flores de Buenos Aires, junto à igreja de São José. Desta situação de distanciamento definitivo da sua Argentina, o Papa Francisco se deu conta com grande dor, conta Alicia Barrios, no dia no qual um seu neto teve um acidente automobilístico no qual morreram a mulher e os dois filhos. Como se sabe, Francisco infelizmente não pôde dirigir-se aos funerais. Alicia Barrios em conclusão enfrenta a paixão do Papa pelas conversas telefônicas e conta: Francisco não possui telefones celulares. Usa o fixo e se lhe ocorre ouvir o toque de um aparelho próximo, responde a ele normalmente. Da Argentina trouxe a sua cartão telefônico que usa quando deseja chamar alguém. Faz tudo sozinho!
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O Papa Francisco se levanta muito cedo. Enquanto faz a barba escuta música e canta o tango - Instituto Humanitas Unisinos - IHU