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A herança dos trapistas assassinados

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11 Julho 2016

Tibhirine se tornou muito mais do que um lugar de paz e de refúgio para os muçulmanos da região. Tibhirine, agora, e já se pode dizer isso com certeza, é mais do que um espírito, como o de Assis. Tibhirine se tornou um lugar teológico do diálogo inter-religioso.

A opinião é do frei dominicano italiano Alberto Fabio Ambrosio, em artigo publicado no jornal L'Osservatore Romano, 09-07-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

É o dia 21 de maio de 2016: 20 anos e pouco mais de um mês se passaram desde quando deu a volta ao mundo a terrível notícia da descoberta das cabeças dos sete monges do mosteiro de Tibhirine. Confusão entre os cristãos, certamente, mas também entre todos aqueles que conheciam a dedicação desses homens de Deus: como se podia despedaçar a sacralidade da vida de monges desarmados que serviam a Deus e aquela terra, a Argélia, à qual haviam dedicado a sua vida e o seu amor?

Tibhirine se tornou muito mais do que um lugar de paz e de refúgio para os muçulmanos da região. Tibhirine, agora, e já se pode dizer isso com certeza, é mais do que um espírito, como o de Assis. Tibhirine se tornou um lugar teológico do diálogo inter-religioso. Tornou-se isso porque superou os limites apenas de uma história que, embora manchada de sangue, chama a atenção de muitos cristãos.

Basta ver as publicações recentes: uma delas tem a honra do prefácio do Papa Francisco, que reconhece no amor dos monges o segredo desses hóspedes acolhidos na "casa do Islã" (Tibhirine. L’héritage, editado por Christophe Henning, Paris, Bayard, 2016, 177 páginas). Esse livro reúne diversas interpretações de homens renomados do mundo eclesial e espiritual que traçam a herança dos trapistas.

O teólogo Christian Salenson, por sua vez, oferece dois livros de análise de Tibhirine e da teologia do prior que marcou indelevelmente o seu caráter (L’échelle mystique du dialogue de Christian de Chergé, Paris, Bayard, 2016, 236 páginas; e Christian de Chergé. Une théologie de l’espérance, Paris, Bayard, 2016, 333 páginas).

E ainda o volume de Mirella Susini repassa a história da relação entre os monges e os sufis da região (Cercatori di Dio. Il dialogo tra cristiani e musulmani nel monastero dei martiri di Tibhirine, Bolonha, EDB, 2015, 360 páginas).

Permitam-me abordar outro volume, de um gênero totalmente diferente de análise teológica. No entanto, foi lendo essas páginas como se fosse um suspense que se cristalizou em mim a ideia do lugar teológico sem fronteiras (Fadila Semaï, L’ami parti devant, Paris, Albin Michel, 2016, 176 páginas). Fadila Semaï, jornalista, se deparou com a figura do prior de Tibhirine e, especialmente, com a sua amizade com um muçulmano, um tal Mohamed, com o qual Christian tinha mantido laços fraternos muito fortes.

O futuro prior de Notre-Dame de l'Atlas exercia, naqueles anos, o serviço militar em uma Argélia marcada pela luta pela libertação do poder colonizador (1959-1961). Mohamed e Christian se tornam amigos, compartilham muito também as suas aspirações religiosas e espirituais, talvez até demais para aquela época. Essa amizade sincera com o estrangeiro, o francês, no entanto, custou-lhe nada menos do que a própria vida. Mohamed foi morto barbaramente enquanto exercia o seu trabalho de guardião dos campos em 1959, e, provavelmente, a sua morte salvou o amigo, evitando-lhe a suspeita que poderia ter prejudicado o militar francês por causa desse laço fraterno.

É uma história de solidariedade espiritual que influenciou toda a evolução interior de Christian de Chergé. A essa amizade, certamente devemos o espírito de Tibhirine, e, talvez graças a ela, se compreende ainda mais o célebre testamento do prior.

Fadila Samaï, argelina e de tradição muçulmana, realiza a sua investigação animada por uma paixão que não é simples desejo de profissionalismo. Ela se coloca, como em um verdadeiro suspense, nos passos do pouco conhecido Mohamed. Muito poucas, de fato, são as informações que ela tem à disposição quando entra nas cenas de crime. Fadila chega até a encontrar os filhos e os netos de Mohamed, já honrados por terem descoberto essa amizade.

E mais: a autora faz um esforço admirável de interpretação cristã dos fatos. Quando descobre que, no momento de ser sequestrado, Christian de Chergé estava lendo o livro do teólogo François-Xavier Durwell sobre o mistério pascal, Fadila vê nesse fato um sinal incontestável de como o monge se preparava para viver.

Mas esse mistério da morte e ressurreição também convinha perfeitamente para a trágica situação em que se a Argélia se encontrava. Em outras palavras, a autora não tem medo de utilizar o mistério cristão para intuir a profundidade do real, dos fatos com os quais, misteriosamente, ela se depara.

Se me fosse objetada a definição de lugar teológico inter-religioso aplicado a Tibhirine, eu tentaria defendê-la afirmando, então, que esse espaço, tanto geográfico quanto, com ainda mais razão, espiritual nada mais fez do que continuar inspirando homens e mulheres, cristãos, muçulmanos, mas também simplesmente pertencentes à sociedade civil.

A cidade de Paris dedicou recentemente um jardim (square) à memória dos sete monges, justamente na frente da igreja de Saint-Ambroise, no Boulevard Voltaire, a poucos metros de onde viram a morte inúmeros jovens nos atentados do último dia 13 de novembro.

Lugar teológico, então, é precisamente essa fonte da Revelação à qual todos podem recorrer para intuir e penetrar cada vez mais no mistério cristão. E Tibhirine parece ser um lugar vivo daquele amor divino que reúne a humanidade aparentemente dividida pela diversidade da fé.


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