01 Março 2016
A Igreja no Peru está próxima à população da Província de Bagua, região amazônica do norte do País, castigada por uma emergência hídrica devido a um desastre ambiental. Há um mês, de fato, as comunidades indígenas, cerca de 60 mil pessoas, estão sem água potável. Em 25 de janeiro último ocorreu uma grave avaria no oleoduto que atravessa a garganta do Inayo, com um primeiro vazamento de petróleo, seguido pouco depois por outro.
A reportagem foi publicada por L'Osservatore Romano, 27-02-2016. A tradução é de Ramiro Mincato.
O líquido poluente escorreu para os rios e canais. Um dano enorme a toda população, agora sem água para beber, lavar e preparar alimentos. Para essas pessoas, por outro lado, também a principal fonte de alimentação vem da pesca nos rios, mas que também foram contaminados pelo petróleo.
O Vigário Apostólico de Jaén no Peru, Gilberto Alfredo Vizcarra Mori, visitando o local nos últimos dias, levando assistência e conforto para a população, expressa a preocupação da comunidade eclesial. A Declaração assinada em conjunto com os agentes pastorais da área florestal do Vicariato Apostólico, e difundida através da rede eclesial Pan-Amazônica, exige medidas urgentes "para corrigir os danos que o incidente está causando à natureza da região e, em particular, às pessoas das diferentes comunidades que vivem às margens dos rios Chiriaco e Maranon, na área de Inayo".
Neste sentido, acrescenta, "as autoridades devem, de forma responsável e rápida, proporcionar uma resposta satisfatória a esta catástrofe". No documento, conforme relatado pela agência Fides, são apresentados também pedidos de intervenções específicas. Da necessidade de uma indenização pela perda de culturas agrícolas, para muitos o único meio de subsistência, ao início de uma bonificação para garantir que a água não implique algum dano à saúde e a vida das pessoas, dos animais e do meio ambiente.
Em tal perspectiva, urge-se também a implementação de monitoramento contínuo das águas dos rios poluídos, juntamente com um amplo processo de informação ao povo, sugerindo as precauções necessárias para proteger a saúde pública e o meio ambiente. A declaração conclui enfatizando a necessidade de investigar as causas dos incidentes, para que não se repitam, sugerindo, nesse sentido, que talvez as instalações de petróleo envelhecidas de quarenta anos, "precisam ser renovadas."
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Igreja no Peru próxima aos indígenas. O petróleo sufoca a Amazônia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU