Negar as exéquias religiosas a Piergiorgio Welby é incompreensível, afirma teólogo jesuíta

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03 Janeiro 2007

O jesuíta Juan Masiá, teólogo moral, analisa a questão da eutanásia em artigo publicado na página Religión Digital, em 28-12-2006. Eis a íntegra do texto traduzido por nós.

Eutanásia significa boa morte. Mas “bem morrer” é uma expressão mais ampla: se refere ao “processo de morrer” mais do que ao “momento da morte”. É um mal-entendido chamar a prática da moderação terapêutica ou recusa de recursos médicos de eutanásia ou cooperação ao suicídio, ou seja, ao escolher responsavelmente como viver até o momento de morrer é como recorrer autonomamente ao caminho do morrer.

Retirar a alimentação artificial de Terry Chiavo, desconectar o respirador de Jorge León ou de Piergiorgio Welby são comportamentos perfeitamente admissíveis na mais tradicional ética católica. O Padre Javier Gafo escreveu assim sobre Ramón Sampedro: “É certo que o Deus no qual acredito acolheria Ramón como um homem bom, que sofreu muito e que assumiu algumas convicções éticas que para ele eram corretas”.

Se é razoável respeitar a opção de quem, em situações difíceis de sofrimento, pedem ajuda para seguir vivendo, é também responsável respeitar a postura de quem pede que não se prolongue sua agonia em situações excepcionais.

Não é estranho que tenha escandalizado a muitos crentes a atitude incompreensível do vicariato de Roma ao opor-se à celebração religiosa das exéquias de Piergiorgio Welby"".