08 Janeiro 2009
O panorama em Gaza não pode ser mais drástico, segundo os responsáveis do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Seu diretor de operações, Pierre Krähenbühl, afirmou ontem em Genebra que “estamos frente a uma crise humanitária maiúscula, de grandes proporções”. Segundo explicou, “o sofrimento para a população se torna insustentável”, um diagnóstico sobre o qual tanto a Cruz Vermelha quanto as Nações Unidas se mostraram unânimes.
Após 11 dias de ataque israelense, “o grande problema é que os feridos [cerca de três mil] têm o acesso aos cuidados médicos cada vez mais dificultado”, comentou Florian Westphal, responsável pelas comunicações do CICV, ao El País. “O pessoal da Meia-Lua Vermelha palestina têm enormes dificuldades para assistir os feridos, e as pessoas morrem muitas vezes esperando a chegada da ambulância”, acrescentou.
Segundo Pierre Krähenbühl explicou à imprensa internacional, os constantes bombardeios e combates dificultam enormemente a chegada da ajuda sanitária indispensável às pessoas necessitadas. “Não temos a mobilidade de que precisamos dentro de Gaza. É necessário acelerar a autorização para que as ajudas cheguem mais rápido do que agora”, insistiu. Uma autorização que, segundo explicou Florian Westphal, “só pode ser dada pelo Exército israelita”.
Outro grave problema em desenvolvimento é o do acesso à água potável. “Em toda a zona norte de Gaza, o abastecimento de eletricidade depende de Israel, e o sistema está gravemente danificado. Se esses problemas não são arrumados com a maior brevidade, mais de 500 mil pessoas correm o risco de ficar sem água potável”, explicou Westphal.
(cfr. notícia do dia 8-01-09, desta página).
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
"A crise humanitária é maiúscula", afirma diretor da Cruz Vermelha - Instituto Humanitas Unisinos - IHU