08 Julho 2011
Uma delegação do Instituto Humanitas Unisinos - IHU participa da Feira da Economia Solidária em Santa Maria. Rafaela Kley, estudante do Curso de Jornalismo na Unisinos e Danilo Adriano Marinho, estudante de Relações Públicas na Unisinos, ambos estagiários no IHU, cobrem o evento.
Eis a reportagem.
O município de Santa Maria é tradicionalmente conhecido por ser o coração do Rio Grande. Desde ontem (08), a cidade está mostrando para todos o porque desta denominação.
A cidade está pulsante. Cerca de 150 mil pessoas prometem comparecer à 18ª Feira Estadual do Cooperativismo e à 7ª Feira de Economia Solidária do Mercosul, eventos que encerram neste domingo (10). Mais de 800 empreendimentos estão participando da Feira, vindos de países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, México, Colômbia, Perú, Nicarágua, África do Sul, Itália, Alemanha, Namíbia e Espanha.
O sol mal havia acordado e os pavilhões do Centro de Referência em Economia Dom Ivo Lorscheiter foram tomados pelos expositores. Panos de prato pintados à mão, cuias, pingentes, flores de fuxico, mantas, roupas e tantos outros produtos eram organizados em seus espaços.
Parece até mesmo que São Pedro se programou para o evento, amenizando o frio que atemorizava os participantes que vieram de outros estados brasileiros. Pela primeira vez em Santa Maria, vindo de Osasco, São Paulo, o expositor Carlos Alberto Mariani revelou que veio ao estado aflito com o frio. "Dentro do ônibus veio mais agasalho do que o material para expôr, todo mundo assistiu nos jornais que estava geando", conta. "Já nos falaram que a gente não viu nada ainda, mas rapaz se vier mais frio...", brinca.
Após o meio-dia, já não eram apenas os expositores que transitavam pelos espaços da Feira. Centenas de pessoas já passeavam pelas bancas, admirando a beleza de trabalhos realizados à mão e de forma sustentável, partindo do princípio da reciclagem.
Na metade da tarde, por volta das dezesseis horas, o Palco Central da Feira recebeu diversas autoridades, marcando, de fato, o seu início. O arcebispo Dom Hélio Adelar Rubert iniciou a Cerimônia de Abertura reforçando a importância da Economia Solidária. Dom Hélio também aproveitou a oportunidade para orar o Pai Nosso e para repartir um pão, simbolizando a luta pela erradicação da miséria, projeto da presidente Dilma Rousseff.
A coordenadora da Feira, Lourdes Dill, fez menção à "maioridade" da Feicoop e reforçou que é chegado o momento de um grande salto da Economia Solidária no Brasil e no mundo. Dill citou, também, o ditado africano: "Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da terra", sendo acompanhada pelas autoridades e pelo público presente. Na ocasião também foi entregue ao Deputado Federal Paulo Pimenta um projeto de Lei popular de Economia Solidária.
Tarso Genro, governador do estado do Rio Grande do Sul, esteve presente na abertura da Feira. "Precisamos reforçar a economia que está na base da sociedade, mas aquela economia que não agrega somente valor econômico, mas valores morais, sociais. Estes, estão fundados em uma visão de igualdade entre os seres humanos, de relações de solidariedade e de produção em rede. Desta forma, podemos construir não somente um novo modo de produzir, mas novas relações sociais democráticas e novos padrões de conduta e de relacionamento entre os indivíduos e os grupos sociais", afirmou.
Em seu discurso o governador lembrou do ex-governador Olívio Dutra, que em seus quatro anos de governo esteve presente na Feira de Santa Maria. O governador finalizou o seu discurso com as palavras: "Viva a economia solidária, viva a feira da esperança, viva Dom Ivo Lorscheiter".
Acompanhe a Feira de Santa Maria através do Twitter do Instituto Humanitas Unisinos – IHU e pela hashtag #feiradesantamaria. Acompanhe também o evento através das fotos publicadas na página do Facebook do IHU.
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Santa Maria, o coração de mãe - Instituto Humanitas Unisinos - IHU