Italianos rejeitam volta da produção nuclear, privatização da água e imunidade para ministros

Mais Lidos

  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Congresso arma pior retrocesso ambiental da história logo após COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

13 Junho 2011

O primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, reconheceu a derrota em "todas as questões" do referendo de domingo e dessa segunda. A votação foi encerrada às 15h de nessa segunda-feira (horário de Roma). Os eleitores rejeitaram a volta da produção de energia nuclear no país, a privatização dos serviços de abastecimento d`água e a imunidade judicial de governantes.

A reportagem é da Agência Lusa e reproduzida pela Agência Brasil, 13-06-2011.

"Parece que a vontade dos italianos é muito clara em todas as questões deste voto", afirmou Berlusconi, em comunicado oficial.

Resultados parciais do referendo, divulgados pelo Ministério do Interior da Itália, informam que entre 95% e 96% dos eleitores votaram sim para revogar as leis do governo sobre a privatização dos serviços de abastecimento d`água, a definição das tarifas do serviço hídrico, a volta da produção de energia nuclear e a possibilidade de invalidar a lei que permite ao presidente do Conselho de Ministros e aos ministros se ausentarem dos tribunais alegando compromissos institucionais.

No comunicado, Berlusconi diz ainda que "o governo e o Parlamento têm o dever de aceitar plenamente as respostas dadas no referendo. O chefe do governo italiano reconheceu que a alta participação dos italianos, 57% do eleitorado, superior ao quórum necessário (50% mais 1), "demonstra uma vontade de participação dos cidadãos nas decisões sobre o futuro do país, que não pode ser ignorada".

Há 16 anos não se atingia na Itália o quórum necessário para esse tipo de referendo de iniciativa popular. Centenas de pessoas festejaram hoje, ao final da tarde, em Roma, a mobilização inédita registada no referendo promovido pela oposição, com alguns manifestantes declarando o resultado como um indicador "da maior responsabilidade do povo italiano".