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Smith, Keynes e os paradoxos da ciência econômica

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07 Junho 2011

"Nem Smith nem Keynes merecem ser avaliados pelo que não são, estejamos ou não de acordo com seus postulados. Ao contrário, avaliá-los pelo que são vai nos ajudar a criar um pensamento próprio capaz de responder às nossas próprias necessidades e circunstâncias históricas", escrevem Mario Rapoport e Ricardo Lazzari, professores do Idehesi/Conicet, em artigo publicado no jornal argentino Página/12, 06-06-2011. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

No domingo passado, foi o aniversário de nascimento de dois dos pensadores mais influentes na história da ciência econômica: Adam Smith e John Maynard Keynes. Muitos falaram e escreveram sobre eles, mas poucos fizeram uma comparação de suas vidas e obras, e esta é a ocasião para fazê-lo no momento em que o capitalismo, sistema que um impulsionou e o outro tentou salvar, se debate em uma profunda crise. Nosso objetivo é expor em grandes linhas algumas de suas coincidências e diferenças, o que nos permitirá compreender, também, os limites do sistema econômico em que vivemos.

1. Toda teoria econômica deve ser enquadrada em sua época e as ideias de ambos tiveram a ver com a problemática a que cada um correspondeu viver. As razões do sucesso que os acompanhou estão vinculadas aos seus acertos em decifrar e entender as tendências e fenômenos históricos predominantes. No caso de Adam Smith, a emergência de um modelo capitalista de desenvolvimento na Europa do século XVIII, economicamente marcado pela Revolução Industrial e por mudanças políticas que destruíram ou restringiram os privilégios das monarquias absolutas. E no caso de Keynes, a época de declínio e primeira grande crise do capitalismo, que não começou, como ele mesmo assinala em seus Ensaios de Persuasão (1931), com a queda da Bolsa de Wall Street, em 1929, mas no primeiro pós-guerra, através de sintomas que advertiu prematuramente, como o fim do padrão ouro e os desequilíbrios crescentes do sistema econômico internacional. Uma evolução histórica que coincide com sua etapa de formação e desenvolvimento como economista.

2. Nem um nem o outro foram meramente economistas. Entenderam a ciência econômica como fazendo parte de saberes mais amplos que permitiam uma compreensão das sociedades de seu tempo e da natureza dos indivíduos que as constituíam. Adam Smith iniciou a sua carreira universitária como titular da cátedra de Lógica e Filosofia Moral na Universidade de Glasgow, onde elaborou, progressivamente, suas teorias sobre o direito, a moral e o Estado, que se plasmaram em sua obra Teoria dos Sentimentos Morais (1759) e em suas Leituras sobre Jurisprudência. Sua teoria econômica se deriva de suas concepções éticas onde o egoísmo domina a esfera econômica ao passo que o altruísmo funda as bases da vida social. Neste sentido, não se pode compreender sua obra principal A Riqueza das Nações (1776) senão em relação com um corpus ideológico e filosófico no qual se enquadram suas contribuições à economia política. Keynes tinha também uma formação filosófica e uma visão ampla da realidade de sua época. Não era adepto dos modelos econométricos que só podiam apreender aspectos limitados da realidade e, mesmo como professor em Cambridge e funcionário em diferentes momentos de sua vida, se autocaracterizava, irônica ou modestamente, como um "publicista", um autor que escreve para o público de forma periódica com o objetivo de difundir suas ideias. Em todo o caso, para Keynes, todo economista deveria possuir uma rara combinação de qualidades: ser ao mesmo tempo matemático, historiador, homem político e filosófico. Estudar o presente à luz do passado e com perspectivas de futuro, sem deixar de lado nenhuma das instituições criadas pelo homem.

3. Ambos concebiam o capitalismo como um sistema. Não obstante, para Smith era o estádio mais elevado na evolução econômica. Keynes, ao contrário, considerava esse sistema como uma fase no desenvolvimento histórico da humanidade, embora nesse momento a mais conveniente. Adam Smith viu a economia como um todo orgânico, natural, que, através do mercado, tende a um equilíbrio. O homem, ao perseguir seu próprio interesse individual buscando o máximo benefício, trabalha necessariamente para fazer com que o ingresso anual de uma sociedade seja o máximo possível. É levado a isso por "uma mão invisível" que "o leva a promover um fim que não estava em suas intenções". Ao contrário, Keynes diz, criticando o laissez faire, que "não é verdade que os indivíduos possuem, a título prescritivo, uma liberdade natural no exercício de suas atividades econômicas". Não existe – segundo ele – nenhum pacto que possa conferir direitos perpétuos aos possuidores de bens. Por sua vez, não é correto deduzir dos princípios da economia política que o mundo era governado pela Providência, e que o interesse pessoal trabalha sempre em favor do interesse geral.

4. Suas teorias tentavam modificar determinadas condições econômicas e políticas. Em A Riqueza das Nações se destaca a preocupação de Smith acerca das políticas mercantilistas que afiançavam os monopólios coloniais. O livre comércio era uma condição necessária para o florescimento da competição, dos baixos preços e da expansão dos mercados. Em consequência, a divisão do trabalho, principal motor do aumento das forças produtivas, não encontraria resistências para a sua completa generalização e derivaria em uma maior riqueza das nações. Alguns de seus seguidores deduziram disso que as crises seriam impossíveis dentro do sistema na medida em que o poder de compra do mercado dependesse da ampliação da produção e dos ingressos que esta gerasse. Keynes, ao contrário, demonstrou em sua Teoria Geral (1936), e os anos 1920 e 1930 lhe dariam razão, que ao aumentar os ingressos pode não se produzir um crescimento similar do consumo, e aquela parte que se economiza não necessariamente ser investida na atividade produtiva, diretamente ou através do financiamento. Essa insuficiência nos níveis de consumo e investimento, que não cobrem a oferta existente, traz graves consequências sobre o produto e o emprego e origina as crises. Desse modo, como diz Joan Robinson, o economista inglês retoma o problema moral que a teoria do livre mercado havia aparentemente abolido: sua incapacidade para gerar ocupação plena e a necessidade de que existam formas de regulação do sistema econômico. Diante deste diagnóstico competia ao Estado obter o pleno emprego: aumentando o gasto, reformando o sistema fiscal, melhorando a distribuição do ingresso e regulando o comércio exterior.

5. Adam Smith não representa, contudo, de forma completa a teoria ortodoxa atual que se impôs nos anos do neoliberalismo. Em sua época, a livre troca supunha a competição de muitos capitalistas em resposta ao controle monopolístico do comércio por parte de certas corporações privadas e estatais. Hoje, em um mundo de companhias multinacionais de caráter oligopólico, o próprio princípio implica o domínio dos mercados por parte de algumas poucas empresas que determinam a produção e os preços, captando para si a maior parte do excedente gerado pela acumulação de capitais, tanto na esfera propriamente econômica como na financeira. Por sua vez, as políticas keynesianas também não significam que a intervenção do Estado consiste no resgate daqueles mesmos setores, empresas e bancos que provocaram a atual crise e o posterior ajuste dos ingressos da maior parte da população. Está muito longe do pensamento de Keynes subvencionar o mercado financeiro e rebaixar salários e aposentadorias.

6. Nem Smith nem Keynes merecem ser avaliados pelo que não são, estejamos ou não de acordo com seus postulados. Ao contrário, avaliá-los pelo que são vai nos ajudar a criar um pensamento próprio capaz de responder às nossas próprias necessidades e circunstâncias históricas.


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