Greenpeace defende paralisação do programa nuclear brasileiro

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

30 Março 2011

A organização não governamental (ONG) Greenpeace, que milita na defesa do meio ambiente,  reafirmou que é contra as usinas nucleares brasileiras. O coordenador da campanha de energias renováveis da ONG, Ricardo Baitelo, disse à Agência Brasil que, após a tragédia no Japão, "mais do que nunca é o momento certo para rever todos os padrões de segurança das usinas ao redor do mundo". Ele participou de audiência na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sobre segurança no complexo nuclear de Angra dos Reis.

A reportagem é de Alana Gandra e publicada pela Agência Brasil, 30-03-2011.

"Nós precisamos paralisar o programa nuclear brasileiro. Acreditamos não só na paralisação momentânea, mas também que a construção de Angra 3 não é necessária para a matriz energética brasileira". Enfatizou que o país possui opções mais baratas, mais limpas e mais seguras de geração de energia, que podem ser construídas mais rapidamente, para atender à demanda crescente.

Ricardo Baitelo reconheceu que, tecnologicamente, há diferenças entre as usinas nucleares brasileiras e as de Fukushima, no Japão, atingidas pelo violento terremoto seguido de tsunami no último dia 11. "No caso de Angra, a gente não tem um risco tão grande de tsunami e terremoto, mas a usina está sobre uma falha geológica e você não pode dizer que aquilo nunca vai acontecer. O Brasil já teve um terremoto de 5,2 graus [na escala Richter, em São Paulo, em 1980] e as usinas de Angra foram projetadas para suportar tremores até 6,5 graus", recordou.

Segundo Baitelo, o problema mais grave em Angra dos Reis diz respeito àinstabilidade do terreno onde as usinas estão assentadas, sujeito a deslizamentos após chuvas fortes, como sucedeu na região há um ano, bloqueando a única estrada por onde a população poderia ser evacuada em caso de acidente nuclear, que é a Rio-Santos (BR-101).