A Igreja chilena suspende por cinco anos o sacerdote Cristián Precht

Mais Lidos

  • Cristo Rei ou Cristo servidor? Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • Dois projetos de poder, dois destinos para a República: a urgência de uma escolha civilizatória. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • “Apenas uma fração da humanidade é responsável pelas mudanças climáticas”. Entrevista com Eliane Brum

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: André | 11 Dezembro 2012

A Igreja católica chilena decidiu afastar de suas funções por cinco anos o sacerdote Cristián Precht, um dos principais defensores dos direitos humanos durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), ao constatar que abusou sexualmente de menores e maiores de idade, informou a arquidiocese de Santiago.

A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 07-12-2012. A tradução é do Cepat.

“A arquidiocese de Santiago publicou um decreto proibindo o presbítero Cristián Precht exercer publicamente o ministério sacerdotal por um período de cinco anos”, assinalou a instituição religiosa em um comunicado divulgado na noite da quinta-feira.

A Igreja chilena condenou o sacerdote depois que a Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano comprovara e ratificara uma investigação que levou a “informações verossímeis de condutas abusivas com maiores e menores de idade”.

A investigação iniciou em 2011 após denúncias de abuso sexual apresentadas pela família do psicólogo Patricio Vela, de quem Precht era orientador espiritual na década de 1980 e que anos depois se suicidou.

Precht é considerado uma figura emblemática na luta em defesa dos direitos humanos durante a ditadura de Pinochet, ao ser um dos fundadores do Vicariato da Solidariedade, um órgão criado pela Igreja chilena para assistir as vítimas do regime, que deixou mais de 3.000 mortos e desaparecidos.

O caso de Precht se soma aos de cerca de 20 outros clérigos e um bispo, investigados pela Justiça por denúncias de abusos sexuais.

Prossegue também o escândalo que no ano passado sacudiu a hierarquia da Igreja chilena pela acusação de dois influentes religiosos: o sacerdote Fernando Karadima e a madre superiora do Colégio das Ursulinas.

A Igreja chilena pediu perdão publicamente em duas ocasiões pelos casos de abuso sexual, no entanto não acorreu à Justiça para denunciá-los.

Paralelamente, as denúncias por abusos sexuais contra menores de 14 anos aumentaram este ano 22% no Chile, segundo dados da Promotoria Federal, principalmente em centros educacionais de alto nível econômico e contra sacerdotes católicos, o que causou grande rebuliço midiático.