25 Outubro 2012
Pesquisadores nos Estados Unidos usaram uma polêmica técnica para produzir embriões com material genético de duas mulheres e um homem. O objetivo é que, no futuro, o método possa corrigir doenças hereditárias.
No experimento, os cientistas usaram óvulos comuns e inseriram o material genético de uma segunda mulher apenas no chamado DNA mitocondrial, que corresponde a cerca de 1% do total da herança genética do embrião.
A informação é publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 25-10-2012.
Não é o tipo de mudança que provoque diferenças físicas. A questão está muito mais ligada aos problemas que podem ser provocados por "defeitos" no DNA mitocondrial, que é transmitido apenas de mãe para filho.
Mutações desse tipo podem levar a doenças fatais, que afetam sobretudo o coração e o sistema nervoso.
Com essa pequena alteração no óvulo, realizada pelo grupo de Shoukhrat Mitalipov e descrita na revista "Nature", seria possível que mulheres que carregam essas mutações usassem seus próprios óvulos, com um pequeno percentual do material genético de outra pessoa, para gerar filhos saudáveis.
No trabalho, o grupo usou 64 óvulos doados por mulheres saudáveis. Após a a fertilização, 13 deles se desenvolveram normalmente e deram origem a embriões em estágios iniciais. Os cientistas dizem que não pretendem usá-los para gerar uma criança.
Em macacos, experiências do tipo deram origem a animais saudáveis. A discussão com humanos, porém, está apenas começando. O Reino Unido tomou a dianteira: um painel de cientistas concluiu que o uso desse tipo de técnica seria ético, desde que ele se mostrasse seguro e eficaz.
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Pesquisa gera embriões com DNA de três pessoas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU