Morre o último remanescente dos criadores da CLT

Mais Lidos

  • "Teologia de ganso": a arte de formar presbíteros impermeáveis à realidade. Artigo de Eliseu Wisniewski

    LER MAIS
  • A herança escravocrata dos setores poderosos da sociedade brasileira agrava a desigualdade e mantém o privilégio dos ricos

    O assalto do Banco Master foi contratado pelas elites financeira e política. Entrevista especial com André Campedelli

    LER MAIS
  • Júlio Lancellotti é calado nas redes enquanto padres conservadores discursam para milhões

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: Cesar Sanson | 10 Julho 2012

Arnaldo Lopes Süssekind tinha apenas 24 anos quando foi convidado para participar da comissão que criou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), promulgada por Getúlio Vargas, em 1943.

A notícia é do jornal Folha de S.Paulo, 10-07-2012.

Sua competência como advogado trabalhista havia chamado a atenção dois anos antes, quando lançara seu primeiro livro, "Manual da Justiça do Trabalho".

Ao longo dos anos, Süssekind tornou-se uma das maiores autoridades em direito do trabalho no país. Foi ministro do Trabalho e Previdência Social no governo Castello Branco, de abril de 1964 a dezembro de 1965, época em que as duas áreas estavam unificadas numa só pasta. Também foi ministro da Agricultura, em 1964, no governo de transição entre a renúncia de Jânio Quadros e a posse de João Goulart.

Ministro do TST entre 1965 e 1971, o jurista foi homenageado pelo tribunal em 2010. Em seu discurso, o atual presidente do TST, João Oreste Dalazen, lembrou que, enquanto Süssekind esteve à frente do Ministério do Trabalho, defendeu o instituto da estabilidade no emprego, substituído pelo FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) após sua saída.

Até seus últimos dias, atuou como consultor jurídico da Vale e como conselheiro da Santa Casa da Misericórdia do Rio.

Süssekind morreu ontem, dia em que fez 95 anos, em consequência de uma insuficiência respiratória, seguida de parada cardíaca. Estava internado no hospital Samaritano, em Botafogo, no Rio.

Seu corpo será velado hoje, no prédio do TRT do Rio, e cremado à tarde, no cemitério São Francisco Xavier, na zona norte da cidade.