Por: Jonas | 16 Junho 2012
Nikos Juntis, deputado, é um dos líderes do Syriza, uma das forças políticas favoritas para ganhar as eleições presidenciais do próximo domingo. Ele sustenta que assim com a Grécia foi o primeiro país da União Europeia em que a população repudiou os ajustes aplicados pelo governo, também será o país que, em caso de vitória do seu partido, motivará “os demais povos a rejeitar” as políticas aplicadas sob pressão do bloco e dos organismos multilaterais.
A reportagem é publicada pelo jornal Página/12, 15-06-2012. A tradução é do Cepat.
“Um resultado positivo (para a coalizão radical de esquerda) pode mudar a situação na Europa, por isso entendemos o interesse europeu e do resto do mundo nas eleições de domingo”, destaca o deputado, um dos personagens mais visíveis que acompanha o candidato a presidente Alexis Tsipras.
Não obstante, as últimas pesquisas mostrarem um empate técnico entre o Syriza e a Nova Democracia, de Antonio Samaras, Juntis se mostrou “muito otimista” quanto ao resultado de domingo e garantiu que seu partido triunfará porque o povo grego “dará um ‘não’ às políticas de austeridade”, impulsionadas pela coalizão conservadora que governou durante os últimos anos.
Também estiveram presentes, durante a entrevista coletiva, representantes de partidos de esquerda de outros países europeus, em crise, que passam por ajustes e que já necessitaram de ajuda financeira do fundo de resgate continental, como Espanha, Portugal e Irlanda, assim como representantes da América Latina, que denunciaram a “intromissão inaceitável” e a “campanha do medo” das autoridades europeias para impedir a vitória do Syriza.
“Durante a sua história, ao povo argentino também foram aplicados vários memorandos e houve muitas campanhas de terror dizendo que se nós não seguíssemos a via da austeridade, chegaríamos ao caos. Entretanto, aconteceu o contrário: quanto mais memorandos eram aprovados, mais caos e mais miséria se causava”, recordou Alejandro Bodart, deputado portenho do Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST), presente em Atenas.
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Esquerda grega acredita que seu eventual êxito “abrirá um caminho de mudanças” na Europa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU