A semântica do Mistério da Igreja a partir de uma perspectiva feminista

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

15 Junho 2012

MaryA semântica do Mistério da Igreja no contexto das gramáticas atuais, a partir de uma perspectiva feminista, é a temática que a professora e pós-doutora em teologia Mary Ann Hisndale falará em outubro, durante o XIII Simpósio Internacional IHU. Igreja, cultura e sociedade: a semântica do Mistério da Igreja no contexto das novas gramáticas da civilização tecnocientífica.

Hisndale é natural de Chicago, Estados Unidos, e religiosa ligada à congregação das Servas do Coração Imaculado de Maria. Atua como professora de teologia no Boston College (Boston/EUA). Ela foi secretária (1996-2003) e presidente (2010-2011) da Sociedade Teológica Católica dos Estados Unidos. Dentre seus escritos, destaca-se a obra Women Shaping Theology (2006).

Além de trabalhos sobre as “teologias feministas”, Hisndale desenvolve estudos nas áreas de eclesiologia, cristologia e antropologia teológica. Uma peculiaridade em sua maneira de fazer teologia é o uso da pesquisa-ação participativa na reflexão teológica sobre a experiência católica em comunidades dos EUA. A partir dessa experiência, é evidenciado o papel de liderança das mulheres na caminhada eclesial que, muitas vezes, permanece marginalizado e escondido nos discursos e práticas da própria Igreja.

A teologia de Hisndale narra a visão e a história da mulher na caminhada da Igreja, evidenciando seu papel profético e protagonista, sobretudo nos últimos cinquenta anos. A partir dessa perspectiva, além do fortalecimento de “teologias feministas”, o protagonismo das mulheres tem movimentado as próprias estruturas institucionais da Igreja. Daí que, segundo a teóloga, a hierarquia tem, muitas vezes, reagido de forma contrária, dando origem a uma série de questões e problemas.

O fortalecimento das teologias feministas, a nova consciência de que a mulher não é subordina ao homem, a emancipação e a militância da mulher nas comunidades eclesiais abriram novas perspectivas para a Igreja e também para sociedade como um todo. A partir desse contexto, Hisndale desenvolve uma teologia em que lança luzes sobre o futuro das mulheres na Igreja Católica.

A nota é de Luís Carlos Dalla Rosa