Por: André | 04 Mai 2012
Os indígenas da região devem participar dos lucros que a empresa italiana Enel pretende obter com a hidrelétrica Palo Viejo, recém inaugurada na Guatemala. A solicitação é do bispo de San Marcos, Álvaro Leonel Ramazzini, que interveio durante a assembleia dos acionistas da Enel para representar as populações indígenas do Norte do Quiché.
A reportagem está publicada no sítio Vatican Insider, 30-04-2012. A tradução é do Cepat.
As Autoridades Ancestrais de Cotzal, Chajul e Nebaj e representantes das 86 Comunidades da Zona Rainha do Município de Uspantán pedem reconhecimento, assim como o estado guatemalteco o fez, e participação nos lucros do projeto, indicou.
Já em um comunicado de 22 de março, as Autoridades de Cotzal, Chajul e Nebaj haviam denunciado que “a Enel, em sua carta, desconhece, exclui e discrimina as Autoridades Ancestrais de Cotzal, violando as bases do diálogo [...] A Enel não quer discutir as reivindicações das Comunidades Indígenas e Autoridades Ancestrais, que são: 1) 20% do valor da energia produzida em MW/hora para o desenvolvimento das Comunidades Ixiles em base à sua própria cosmovisão; 2) A reparação dos danos materiais, sociais e culturais causados pela construção da hidrelétrica Palo Viejo; 3) Uma compensação anual por danos ambientais que a empresa Enel começou a causar durante o tempo que a hidrelétrica de Palo Viejo existir”.
De acordo com o bispo guatemalteco, esta seria uma oportunidade para fazer justiça, além de um exemplo de responsabilidade social no mundo dos negócios transnacionais, mostrando que é possível obter lucros e ter uma atitude adequada para com as populações indígenas que vivem na região.
A hidrelétrica de Palo Viejo (quinta da italiana Enel Green Power na Guatemala) foi inaugurada no dia 15 de março e estima-se que produzirá cerca de 370 milhões de kilowatts/ano.
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O bispo que luta pelos indígenas na Guatemala - Instituto Humanitas Unisinos - IHU