Empresa é multada por profanar local sagrado de aborígines australianos

Mais Lidos

  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Congresso arma pior retrocesso ambiental da história logo após COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: Jonas | 03 Agosto 2013

Uma companhia mineira subsidiária da OM Holdings, de Cingapura, foi multada nesta sexta-feira (02/08) por um juiz em 150 mil dólares australianos por profanar um local sagrado dos aborígines da Austrália. Trata-se da primeira condenação desta natureza na jurisprudência australiana, segundo o jornal The Australian.

A reportagem é publicada por Opera Mundi, 02-08-2013.

A juíza Sue Oliver, que poderia ter imposto pena de até 400 mil dólares australianos, declarou que a companhia mineira tinha atuado de maneira "cínica ou ingênua". A autoridade para a Proteção das Áreas Aborígenes do Território do Norte apresentou o processo contra as operações mineiras no local conhecido pela tribo kunapa como Duas mulheres sentadas, no arroio de Bootu, no centro do estado.

Para o povo kunapa, esse local faz parte de uma lenda sobre a disputa entre um rato e um bandicut (espécie de coelho marsupial). A mineira começou as operações cerca de 50 metros desse lugar sagrado em março de 2011. Gina Smith, do povo kunapa, disse que o local "esteve ali durante milhares de anos fazendo parte da cultura e da história" e agora "está arruinado".

O diretor-gerente da OM Holdings, Peter Toth, disse após a sentença ser ditada que sua companhia, que se declarou culpada, "nunca teve intenção alguma de danar ou profanar um lugar sagrado". "Lamentamos sinceramente o prejuízo que causamos e pedimos perdão aos donos tradicionais do lugar", disse Toth.