"Ordenaremos mulheres bispos“, diz primaz da Igreja da Inglaterra

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08 Julho 2013

A Igreja da Inglaterra deve continuar com seus planos de ordenar bispos mulheres, disse nesta sexta-feira seu líder espiritual, em momentos em que estão por reabrir-se as conversações sobre o tema que dividiu a comunhão. Em seu primeiro discurso à assembléia nacional, o Sínodo Geral, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, disse que a igreja deve adaptar-se a uma sociedade mutante na qual o número de pessoas na congregação está decaindo em países cada vez mais laicos.

“Sejamos claros, pretender que nada está mudando é absurdo e impossível. Em tempos de revolução nós também, na Igreja da Inglaterra, devemos ter uma revolução“, disse Welby, um ex-executivo petrolífero que foi nomeado sucessor de Rowan Williams como líder da igreja Anglicana em fins de 2012.

A informação é publicada por Religión Digital, 06-07-2013. A tradução é de Benno Dischinger.

Em novembro, as reformas para permitir a ordenação de mulheres como bispos colapsaram no último momento. Apesar de receber o respaldo de 73% dos membros do sínodo, a votação não obteve a maioria necessária de dois terços numa das três câmaras do Sínodo.

De óculos e uma camisa com colarinho clerical arregaçada até seus cotovelos, Welby disse ao Sínodo na Universidade de York que a Igreja deve desfazer-se de sua “equipagem” após ter caído sob uma forte crítica em novembro por não conseguir impulsionar a reforma de gênero.

“Se dizemos que ordenaremos as mulheres como sacerdotes e bispos, devemos fazê-lo exatamente da mesma forma em que ordenamos os homens”, disse.

Na segunda-feira, o Sínodo dará os primeiros passos na tentativa de reiniciar as conversações sobre o tema, mas o processo completo levará em torno de dois anos, o que significa que não se permitiriam mulheres bispos na Igreja até 2015 como algo sem demora.

A Igreja aprovou a ordenação de mulheres em 1992, mas demorou em torná-las bispo devido à oposição dentro do clero masculino. Os bispos desempenham um papel-chave em muitas igrejas cristãs, onde somente eles podem ordenar novos clérigos.