Por: Cesar Sanson | 08 Janeiro 2013
Nesta semana, diversos jornais noticiaram os artifícios utilizados pelo governo para tentar atingir a meta de “superávit primário”, ou seja, a reserva de recursos para o pagamento da dívida pública.
A reportagem é publicada pelo sítio da Auditoria Cidadã da Dívida, 07-01-2012.
Nos últimos dias de 2012, o Tesouro Nacional lançou mão de R$ 15,8 bilhões de recursos provenientes do “Fundo Soberano”, Caixa Econômica Federal e BNDES para engordar o “superávit primário”. Tudo foi feito por “portarias” cuja regularidade deve ser devidamente verificada.
Em primeiro lugar, cabe ressaltar o enorme privilégio da dívida, que até o dia 29 de dezembro, já havia consumido R$ 739 bilhões para o pagamento de juros e amortizações da dívida federal, conforme dados da contabilidade oficial (SIAFI).
É evidente que o problema do país é esse endividamento público não transparente e sem contrapartida, que precisa ser completamente auditado. Evidentemente, a grande mídia financiada pelo poder financeiro tem outra abordagem e aponta os “gastos públicos” como os vilões das contas públicas.
Nos últimos dias do ano, foram divulgados dados sobre o pagamento de taxas de juros pelo Tesouro Nacional que alcançaram 45,1% em 2012, apesar da enorme propaganda de que a taxa Selic está caindo. É urgente a completa auditoria dessa dívida.
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Vale tudo para cumprir a meta de superávit primário? - Instituto Humanitas Unisinos - IHU