06 Novembro 2014
Deixe de lado o óleo de coco e o whey protein. No novo guia nutricional do governo, o que vai para o prato é arroz, feijão, legumes e verduras.
A reportagem é de Johanna Nublat Flávia Foreque, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 05-11-2014.
O documento, que serve como referência de nutrição saudável para escolas e profissionais de saúde, é ilustrado com sugestões de cardápio e prioriza o consumo de alimentos in natura ou pouco processados. A última versão do guia era de 2006.
"Não estamos propondo um regime ou tratamento. A gente está pensando numa alimentação para prevenir problemas", afirma Carlos Monteiro, professor da USP e coordenador de equipe técnica que elaborou o guia.
A intenção é reforçar a importância do consumo de alimentos em detrimento de produtos. "A barra de cereal é uma reengenharia de alimentos, não há garantia de que funcione da mesma maneira que os alimentos originais", exemplifica Monteiro.
Segundo o ministro Arthur Chioro (Saúde), a abordagem do guia é "qualitativa". "Não estamos proibindo nada. Ninguém está dizendo não use sal, tire o açúcar'", disse.
Para Nicholas Freudenberg, sanitarista da Universidade da Cidade de Nova York, guias baseados em quantidades adequadas de açúcar, sal ou gordura favorecem a indústria de alimentos. "Isso permite manipular ingredientes para fazer os produtos parecerem mais saudáveis."
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Alimentos in natura devem ser maioria na dieta, diz governo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU