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Richa, Requião e Gleisi dividem o mesmo teto sob o Viaduto do Capanema

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Por: Cesar Sanson | 26 Setembro 2014

Moradores de rua usaram cavaletes e banners da campanha política para erguer as paredes e o telhado das malocas onde se abrigavam. Polícia "despejou" os sem-teto do local nesta quinta-feira (25).

A reportagem é de Mauri König e publicada pelo portal Gazeta do Povo, 25-09-2014.

Os três candidatos melhor colocados na disputa ao governo do Paraná dividiam até esta quinta-feira (25) o mesmo teto numa singular esquina de Curitiba. Rivais na política, o tucano Beto Richa, a petista Gleisi Hoffman e o peemedebista Roberto Requião sustentavam entre sorrisos e promessas os alicerces de duas inusitadas moradias debaixo do Viaduto do Capanema, onde a faixa marginal da Rua Ubaldino do Amaral encontra a Avenida Presidente Affonso Camargo. Richa fazia as vezes de cobertura e Requião dava sustentação às laterais enquanto Gleisi sorria na entrada.

Retirantes sem-teto, o baiano João Santos da Silva e o paulista Clóvis Sant’Ana Ferreira usaram cavaletes e banners da campanha política para erguer as paredes e o telhado das malocas onde se abrigavam. O regaço do viaduto acolhia uns 20 moradores de rua, entre os permanentes e os volantes. Carpinteiro habilidoso, Clóvis estava montando mais barracos para os demais. Há dias no lugar, por volta das 9 horas desta quinta-feira (25) eles foram surpreendidos com a sutileza habitual da Polícia Militar. Não ficou cavalete sobre cavalete.

Sem-teto e novamente sem-rumo, o grupo se dispersou. Restaram apenas alguns banners de candidatos encostados na amurada do viaduto, vestígios de um condomínio erguido com a imagem das promessas. Desempregado – há 15 dias em Curitiba em sua segunda passagem pela capital –, Clóvis havia reaproveitado de forma engenhosa os cavaletes de propaganda eleitoral. Tinha inclusive dobradiça para suspender a porta no cubículo onde se protegia do frio e da chuva. A cabana de João, ou Bahia, não ficava atrás.

Com um tablado para isolar o colchão do petit pavê, essa era a melhor residência de Bahia nos últimos oito meses. Os puxadinhos de madeirite antes montados em outros pontos da cidade não duravam muito, por obra das intempéries ou por intervenção da Guarda Municipal. O pinus dos cavaletes funciona melhor para sustentar as paredes, com a vantagem de já vir com uma lona, embora venha também com o inconveniente de alguns rasgos e uns sorrisos um tanto dissimulados. Bahia não se importa. “É melhor que nada.”

Bahia repousava em seu moquifo velado pelos olhos comprimidos do senador Roberto Requião e do filho dele, candidato a deputado. Nesse mosaico partidário, havia espaço para banners de diferentes matizes ideológicas. Tinha candidatos socialistas, esquerdistas, liberais, social-cristãos, conservadores, de centro-esquerda. Ideologia? Bahia não precisa de uma pra viver. O que importava era a utilidade do momento: barrar o vento frio.

Agora eles se esparramaram pela cidade, mas seus problemas continuam os mesmos. Falta comida, falta moradia, falta dignidade – “isso é uma humilhação”, diz Bahia –, mas sobra alguma solidariedade. Outro dia, Clóvis deu um pito num gatuno pé-de-chinelo que tentava furtar a comida das índias caingangues, vizinhas do outro lado da avenida. A elas -- que continuam sob o viaduto -- não houve quem fizesse um lar improvisado com restos de propaganda política. Material não falta. Há muitos pontos de descarte na cidade, um desses onde Bahia garimpou.

Ainda que esse material de campanha permita um simulacro de habitação, os candidatos são para Bahia uma coisa só. E nem adianta pedirem voto, se é que algum dia um deles se disponha a descer ao rés-do-chão. Bahia diz ter passado por sete estados a trabalho numa empresa de montagem de pré-moldados de concreto, sempre mantendo Salvador como domicílio eleitoral. Até se mudar de Santa Catarina para Curitiba, há 5 anos, ele ainda justificava o voto. Depois, nem isso.

Mais do que uma casa, o que eles primeiro pediriam aos candidatos é um emprego. Mas é difícil com um passado a exumar cadáveres. Clóvis mesmo se impressiona com as próprias façanhas. Revólver na mão, aos 7 anos já fazia assaltos na Baixada Santista. Entre a extinta Febem e o regime fechado, pagou cinco anos de cana. Verdade ou não, diz com orgulho ter garantido o futuro do filho e comprado uma casa para a mãe com o dinheiro do crime. Perda de tempo questionar a legitimidade dos bens mal havidos. A resposta é rápida: “Que dinheiro é limpo?”

Foto: Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo.


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