16 Setembro 2014
Um levantamento feito pelo Instituto Socioambiental (ISA), a partir dos novos dados do Deter, operado pelo INPE, e do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), do Imazon, aponta a falta de gestão do governo federal como principal razão para o aumento do desmatamento na parte paraense da rodovia BR-163. O levantamento foi divulgado no último dia 4 de agosto.
A reportagem é publicada pela ONG Mídia e Desmatamento na Amazônia e reproduzida por EcoDebate, 15-09-2014.
Os dados do monitoramento analisados pelo ISA indicam crescimento tanto do corte raso quanto do número de focos de calor ao longo do trecho da rodovia que passa pelos municípios de Altamira e Novo Progresso, no sul do Pará. Essa é a área cujo asfaltamento, anunciado em 2002, desencadeou uma intenso processo de especulação fundiária.
A ONG interpreta que a falta de compromisso do Governo Dilma Rousseff em implementar as medidas previstas no Plano BR-163 Sustentável, lançado em 2006, após longas negociações com entidades civis, comunidades e produtores locais, explica o descontrole do desmatamento. Embora várias unidades de conservação tenham sido ali criadas para ordenar a ocupação dessa parte da Amazônia – ainda quando Marina Silva comandava o Ministério do Meio Ambiente –, “a ausência do poder público continuou e favoreceu a grilagem e as ocupações ilegais (de terra)”.
Segundo a entidade, “hoje, com o asfaltamento em fase de conclusão, milhares de caminhões carregados de soja transitam diariamente pela parte paraense da BR-163, atravessando territórios sem ordenamento fundiário, glebas federais sem destinação nem gerenciamento e assentamentos de reforma agrária deixados ao abandono”.
O levantamento completo feito pelo ISA pode ser lido aqui.
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Falta de gestão federal aumenta o desmatamento na BR-163, aponta o Instituto Socioambiental (ISA) - Instituto Humanitas Unisinos - IHU