Por: Jonas | 11 Setembro 2014
Uma mulher identificada como Beatriz Santiago Ramírez vive há quase um mês refugiada em uma igreja de Chicago, Illinois, nos Estados Unidos, para evitar ser deportada para o México.
A reportagem é publicada pelo portal Terra, 10-09-2014. A tradução é do Cepat.
A mulher natural de Veracruz, que durante 11 anos trabalhou como ilegal na colheita de laranja, fábricas para empacotar xampu, sabonetes para banheiro, produtos de limpeza e em processadoras de alimentos, foi agredida e estuprada por um anglo-saxão em Collinsville, um povoado do sul de Illinois, onde vivia.
Ainda que o agressor tenha sido declarado culpado, ficou apenas um ano na prisão, certamente por influências; posteriormente, as autoridades sugeriram à mexicana para se apresentar à Imigração e reivindicar o visto tipo U, que o governo dos Estados Unidos outorga às vítimas de atos violentos ou para testemunhas de crimes que colaboram com as autoridades.
No entanto, o visto foi negado porque os detetives a advertiram que não poderiam continuar trabalhando com “papéis ilegais”, razão pela qual a mexicana se refugiou na Missão Nossa Senhora de Guadalupe, enquanto o Escritório de Imigração e Aduanas (ICE) de Chicago resolve o caso.
Este caso é único em Illinois, desde o caso da ativista mexicana Elvira Arellano, que em 2006 buscou refúgio junto com seu filho na igreja metodista de Chicago e se tornou, durante um ano, o símbolo dos indocumentados.
Arellano abandonou o santuário e viajou para Los Angeles, em 2007, cidade em que foi presa e depois deportada para Michoacán (México), de onde retornou, em abril passado, com um visto humanitário.
Neste ano, em Arizona, foram registrados três casos em santuários, ao passo que em cidades como Denver, Portland, Nova York e Washington DC, grupos religiosos se organizam e se preparam diante da possibilidade de mais indocumentados buscar refúgio nas igrejas.
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Mexicana vive em igreja de Chicago para evitar deportação - Instituto Humanitas Unisinos - IHU