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Mulher do embaixador do Brasil na Libéria descreve clima de horror com surto de ebola

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21 Agosto 2014

O diplomata Pedro Cunha E Menezes publicou em sua página no Facebook um relato da mulher de André Luis Azevedo dos Santos, embaixador do Brasil na Libéria, sobre o clima de horror em Monróvia, capital do país africano. O texto de Arlinda dos Santos, enviado por e-mail para um grupo de amigos e parentes, descreve cenas de uma cidade sitiada pela epidemia que já matou mais de 1300 pessoas no continente negro. A Libéria, assim como Serra Leoa e Guiné, são os países mais afetados pelo surto de febre hemorrágica que começou em fevereiro e levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar estado de emergência mundial.

A reportagem é publicada pelo jornal O Globo, 21-08-2014.

No relato, Arlinda explica o quão complicada está a situação na cidade. Famílias se recusam a entregar os corpos de parentes mortos às autoridades. Como estão proibidas de enterrá-los, elas fazem os funerais de madrugada, com a ajuda "contratada" de moradores de rua, que carregam os cadáveres e acabam sendo contaminados por isso. Mães embalam no colo seus bebês falecidos, e também são infectadas, segundo o depoimento da mulher do embaixador. Num comentário feito no post de Pedro Menezes, a própria Arlinda deixa claro que este é um relato pessoal, e não oficial da Embaixada Brasileira na Libéria.

Eis o texto.

"Amigos, vou escrever uma mensagem geral a todos aqui pois tenho recebido inúmeros telefonemas, emails e inbox e fica difícil responder a todos individualmente.

A situação por aqui segue gravíssima! Muitas famílias continuam nao querendo entregar os corpos às autoridades sanitárias e acabam escondendo o corpo, dentro de suas casas, por vários dias. Numa tentativa desesperada por nao deixar que os vizinhos descubram que existe um morto em casa, eles "contratam" mendigos e fazem enterro clandestino no meio da madrugada. Nesse processo, familiares e mendigos encarregados de mover e enterrar o corpo sao contaminados e morrem alguns dias depois. Por conta disso, a Presidente decretou toque de recolher entre 9 da noite e 6 da manhã, numa tentativa de impedir as pessoas de circularem pelas ruas e, assim, organizar enterros clandestinos.

A maior favela de Monrovia é considerada o epicentro do Ebola na capital e é onde os maiores horrores acontecem, como a invasão de um centro de isolamento onde foram roubados colchões e objetos infectados com fezes e sangue, e mais de 30 pessoas que se encontravam em tratamento fugiram.

Conversei por telefone como a Irmã Maria (freira brasileira que mora aqui há 30 anos) e ela me relatou cenas de filme de terror na localidade onde ela mora, a uns 20 km de Monrovia: famílias inteiras amanhecem mortas, mães que perdem seus bebês mas continuam carregando e ninando o corpo por vários dias, até que elas mesmas morrem, pais que ao perder a esposa de ebola se junta ao corpo com os filhos para que todos possam se contaminar e morrer…

A congregação dela tem feito muito pelos doentes, mas mais em termos de doações e orações, uma vez que elas estão proibidas de trabalhar junto aos doentes pois já sao freiras de idade avançada.

Andre e eu estamos bem fisicamente, mas emocionalmente está sendo difícil. Vemos como a economia do país está despencando, muitos estabelecimentos comerciais estao fechando, os empregados estrangeiros estão pedindo demissão e querem retornar aos seus países de origem, o desabastecimento de comida nos supermercados já é visível e, o pior de tudo, o número de infectados continuam aumentando, o que nos da a certeza de que a situação está longe de ser controlada. A cidade amanheceu sob vários portestos/distúrbios em alguns pontos devido ao fato de que a favela West Point foi cercada e colocada em quarentena e muitos liberianos sao contra esse procedimento.

Como já mencionei anteriormente, o risco de contaminação, no nosso caso, é baixo. Nós estamos mantendo o mínimo de contato possível com os locais, lavando as mãos 50 mil vezes ao dia e nao estamos frequentando qquer evento social. Por enquanto a evacuação de diplomatas está descartada por todas as embaixadas presentes aqui em Monrovia, incluindo a nossa. Continuaremos acompanhando a situação e reavaliando essa posição semanalmente.

Por enquanto é isso. Agradeço a todos pelo carinho, orações, telefonemas, mensagens. Continuem rezando por todas essas pessoas aqui que estão sofrendo muito".


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