Por: André | 31 Julho 2014
O Sudão do Sul está atravessando uma das piores crises humanitárias do continente. A situação vê-se agravada pela rápida propagação do cólera que ameaça milhares de crianças. Trata-se do último surto de uma doença que já afetou mais de 2.600 pessoas e custou a vida de mais de 60 do total dos primeiros casos registrados em 15 de maio, em Juba.
A informação é publicada pela Agência Fides, 30-07-2014. A tradução é de André Langer.
O cólera causa vômitos e diarreia em crianças e adultos. Por esta razão, a desidratação severa e sem o cuidado adequado pode levar à morte imediatamente. Infelizmente, está se espalhando por muitas zonas do país e já foram encontrados focos em nove dos dez Estados. Os mais vulneráveis são as crianças, por sua idade e seu desenvolvimento físico.
Além disso, são ainda mais vulneráveis devido aos sete meses de violência que obrigou 1,5 milhão de pessoas a abandonar suas casas e deixar o país mais jovem do mundo à beira de uma fome.
Segundo o diretor da Save the Children no Sudão do Sul, a propagação da doença é preocupante, já que se soma à crise alimentar em um momento em que centenas de milhares de pessoas vivem em acampamentos superlotados em condições sanitárias totalmente inadequadas.
Além disso, com a previsão das chuvas nas próximas semanas e meses, a situação poderá se agravar mais ainda. A água parada constitui um terreno perfeito para a propagação do cólera e as estradas convertem-se em barro, o que dificulta o acesso aos medicamentos e à ajuda daqueles que deles necessitam desesperadamente.
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Sudão do Sul. Milhares de crianças em perigo devido a um surto de cólera - Instituto Humanitas Unisinos - IHU