Por: Jonas | 15 Julho 2014
A poucos dias da visita ao México do secretário de Estado vaticano, o cardeal Pietro Parolin, as Conferências episcopais do México, Estados Unidos, Guatemala, El Salvador e Honduras divulgaram uma declaração conjunta na qual se comprometem em erradicar as bem conhecidas causas estruturais (pobreza extrema, falta de segurança, baixo nível escolar, desintegração familiar...) que provocam a dramática migração ilegal de menores de idade para os Estados Unidos, e convocaram os diferentes setores da sociedade a se somar neste esforço. “Um aspecto importante da declaração é o compromisso conjunto de erradicar as causas estruturais que provocam a migração irregular de menores de idade, criando programas de desenvolvimento social e econômico nas comunidades de origem, assim como programas de reinserção e reintegração para os que retornam”, aponta o documento.
Fonte: http://goo.gl/KTtJH4 |
A reportagem é publicada por Vatican Insider, 11-07-2014. A tradução é do Cepat.
“Estas crianças – explicam os bispos – saíram de seus países arrastados pela miséria, a violência ou o desejo de se reunir com seus pais ou alguns de seus familiares que já migraram, e agora, após enfrentar toda espécie de privações e perigos, vivem uma terrível crise humanitária. Esta dramática situação atinge a todos nós e nos compromete a globalizar a solidariedade, reconhecendo, respeitando, promovendo e defendendo a vida, dignidade e direitos de toda pessoa, independentemente de sua condição migratória”.
A declaração publicada ontem, 10 de julho, em Cidade do México, defende e relança a “Declaração Extraordinária de Manágua”, na qual os Países Membros da Conferência Regional sobre Migração, “reconheceram a corresponsabilidade regional e se comprometeram em implementar medidas integrais e articuladas para garantir o interesse superior da criança e do adolescente, assim como a unidade familiar; a difundir informação precisa a respeito dos ‘perigos da viagem’ e a inexistência de ‘permissões’ para os que chegam aos Estados Unidos; lutar contra os grupos criminosos organizados de tráfico ilícito e de tráfico de pessoas; e melhorar as práticas migratórias”. Com este documento, os bispos dos Estados Unidos, México, El Salvador, Guatemala e Honduras também se expressam a favor da petição à Câmara de Representantes dos Estados Unidos para que se declare estado de “crise humanitária” o problema das crianças migrantes.
“A Igreja católica, que há muitos anos vem agindo frente às autoridades governamentais dos Estados Unidos, México e América Central em favor dos migrantes, continuará este trabalho”, aponta o documento, publicado a poucos dias da visita do secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin, a Cidade do México para participar de um fórum sobre migração, que acontecerá na próxima segunda-feira, 14 de julho, e do qual participarão vários bispos e servidores mexicanos na sede da Chancelaria.
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Bispos dos Estados Unidos, México e América Central combaterão as causas da migração infantil - Instituto Humanitas Unisinos - IHU