Por: André | 09 Junho 2014
Nesta festividade do calendário cristão há muito que celebrar e ver, através da nossa fé, no Verbo vivo entre nós e na inércia e urgência de um mundo que encerra grandes ameaças e grandes promessas em cada uma das suas células. Somos novamente chamados para participar da liturgia da Criação, diz a mensagem do Conselho Mundial de Igrejas para a Festa do Pentecostes, que o cristianismo celebra neste domingo, 08 de junho.
A mensagem está publicada no sítio da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação – ALC, 05-06-2014. A tradução é de André Langer.
Eis a mensagem.
Genebra, 05 de junho de 2014.
Aos nossos numerosos amigos e família em Cristo:
Por ocasião da festa de Pentecostes, transmitimo-lhes os nossos desejos de amor e paz em nome de Jesus. Nesta festividade do calendário cristão há muito que celebrar e ver, através da nossa fé secular, no Verbo vivo entre nós e na inércia e urgência de um mundo que encerra grandes ameaças e grandes promessas em cada uma das suas células. Somos novamente chamados para participar da liturgia da Criação.
No evangelho que foi proclamado a toda a Criação entrevemos claramente a esperança e a promessa do Pentecostes: Deus renovará a face da terra. É difícil imaginar outro momento da história em que esta esperança pudesse adquirir a amplitude e o significado que a revestem hoje, e não nos referimos somente ao saneamento ou à recuperação ambiental. Nenhuma outra época revelou tão nitidamente a estreita conexão entre o gemido da Criação e o quebrantamento da vida e da comunidade humana. A vida da humanidade, com seus riscos e oportunidades, está ligada de maneira evidente à vida da Criação.
O propósito de Deus, que se manifesta de maneira tão significativa no dom milagroso das línguas do Pentecostes, assim como é descrito no segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos, é reunir todas as coisas do céu e da terra em Cristo. “Aquele que separou os que conspiravam na torre mediante diferentes línguas, hoje reúne as diferentes línguas das nações no sagrado aposento alto” (Hinário Armênio, São Nersés Shnorhali, século XII). A vitalidade desta promessa contrasta drasticamente com a alienação da vida humana e a vida da Criação em nossos tempos. A Criação de Deus, o contexto necessário que Deus nos dá para a nossa santidade, o nosso desenvolvimento e a nossa identidade, é hoje testemunha do sofrimento e do pecado que distorce e destrói a vida humana, e mancha a própria matriz desta vida.
Assim, pois, em Cristo, revela-se a nós uma realidade pentecostal da Criação. São Máximo o Confessor descreve o nosso mundo como um arbusto ardente impregnado com o fogo das energias de Deus, como nos recorda Sua Santidade o Patriarca Bartolomeu. Esta perspectiva, neste momento de Pentecostes, confere uma nova profundidade ao significado da oração do tema da nossa Assembleia de Busan, em outubro e novembro do ano passado: “Deus da vida, conduze-nos à justiça e à paz”. Imploramos que a promessa e o espírito do Pentecostes desçam sobre nós, para serem revelados em nós e fazer-nos um. Vem, Espírito Santo! Amém.
Os presidentes do Conselho Mundial de Igrejas são:
Rev. Dra. Mary-Anne Plaatjies van Huffel, Igreja Reformada Unida na África Austral (África do Sul)
Rev. Prof. Dra. Sang Chang, Igreja Presbiteriana na República da Coreia
Arzobispo Anders Wejryd, Igreja da Suécia
Rev. Gloria Nohemy Ulloa Alvarado, Igreja Presbiteriana da Colômbia
Obispo Mark MacDonald, Igreja Anglicana do Canadá
Rev. Dra. Mele'ana Puloka, Igreja Wesleiana Livre de Tonga
S.B. Juan X, Patriarca da Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia e de todo o Oriente
S.S. Karekin II, Patriarca Supremo e Católicos de todos os Armênios.
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Conselho Mundial de Igrejas. Mensagem para o Pentecostes destaca a conexão entre a vida humana e a criação - Instituto Humanitas Unisinos - IHU