07 Abril 2014
"Eu ouvi, há dois meses, que uma pessoa disse, por causa desse falar dos pobres, dessa preferência: 'Esse papa é comunista'. Não! Essa é uma bandeira do Evangelho, não do comunismo: do Evangelho!"
Publicamos aqui a transcrição completa da entrevista concedida, na última segunda-feira, pelo Papa Francisco a alguns jovens dos Flandres (Bélgica), acompanhados pelo bispo de Gent, Dom Lucas Van Looy. Os jovens fizeram as suas perguntas em inglês, e o papa as respondeu em italiano.
A entrevista foi publicada no sítio da Sala de Imprensa da Santa Sé, 05-04-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis a entrevista.
Dom Lucas Van Looy – Eles fazem parte de um grupo de jovens nascido durante a Jornada Mundial da Juventude do Rio, porque, no Rio, quiseram comunicar também aos outros jovens flamengos o que haviam feito lá. E são grupo de 12 – os outros estão aqui fora, aliás –, vieram também com...
Papa Francisco – Mas eu quero cumprimentá-los, os outros, depois, sim!
Dom Lucas Van Looy – Então, podemos organizar isso... E eles realmente fazem esse trabalho de entrar, de penetrar nos meios de comunicação como jovens, partindo da sua inspiração cristã. É também nesse sentido que eles querem lhe fazer algumas perguntas. Ela, no entanto, não é crente – portanto, eles são quatro daquele grupo –, ela não é crente, mas também nos parecia importante, porque somos uma sociedade muito secular nos Flandres e sabemos que temos uma mensagem para todos. Portanto, ela estava muito contente...
Papa Francisco – Ah, eu gosto disso! Todos somos irmãos!
Dom Lucas Van Looy – Realmente, sim.
Moça – Obrigado por ter aceitado o nosso pedido, mas por que o aceitou?
Papa Francisco – Quando eu ouço que um jovem ou uma jovem tem inquietação, eu sinto que é meu dever servir esses jovens, prestar um serviço a essa inquietação, porque essa inquietação é como uma semente, e depois ela seguirá em frente e dará frutos. E eu, neste momento, sinto que, com vocês, eu estou fazendo um serviço ao que é mais precioso, neste momento, que é a inquietação de vocês.
Rapaz – Cada um, neste mundo, busca ser feliz. Mas nos perguntamos: o senhor é feliz? E por quê?
Papa Francisco – Absolutamente, absolutamente, sou feliz. E sou feliz porque... eu não sei por quê... talvez porque eu tenho um trabalho, não sou um desempregado, tenho um trabalho, um trabalho de pastor! Sou feliz porque encontrei o meu caminho na vida, e fazer esse caminho me faz feliz. E é também uma felicidade tranquila, porque, nesta idade, não é a mesma felicidade de um jovem, há uma diferença. Uma certa paz interior, uma grande paz, uma felicidade que vem também com a idade. E também com um caminho que sempre teve problemas; mesmo agora há problemas, mas essa felicidade não vai embora com os problemas, não: ela vê os problemas, os sofre e depois segue em frente; faz algo para resolvê-los e segue em frente. Mas, no fundo do coração, há essa paz e essa felicidade. É uma graça de Deus para mim, realmente. É uma graça. Não é mérito próprio.
Rapaz – De muitos modos, o senhor nos manifesta o seu grande amor pelos pobres e pelas pessoas feridas. Por que isso é tão importante para o senhor?
Papa Francisco – Porque esse é o coração do Evangelho. Eu sou crente, acredito em Deus, creio em Jesus Cristo e no seu Evangelho, e o coração do Evangelho é o anúncio aos pobres. Quando você lê as Bem-aventuranças, por exemplo, ou lê Mateus 25, você vê ali como Jesus é claro nisso. O coração do Evangelho é esse. E Jesus diz de si mesmo: "Eu vim para anunciar aos pobres a libertação, a saúde, a graça de Deus...". Aos pobres. Aqueles que precisam de salvação, que precisam ser acolhidos na sociedade. Depois, se você ler o Evangelho, verá que Jesus tinha uma certa preferência pelos marginalizados: os leprosos, as viúvas, as crianças órfãs, os cegos... as pessoas marginalizadas. E também pelos grandes pecadores... e essa é a minha consolação! Sim, porque Ele não se assusta nem com o pecado!
Quando encontrou uma pessoa como Zaqueu, que era um ladrão, ou como Mateus, que era um traidor da pátria pelo dinheiro, Ele não se assustou! Olhou-os e escolheu-os. Essa também é uma pobreza: a pobreza do pecado. Para mim, o coração do Evangelho é dos pobres. Eu ouvi, há dois meses, que uma pessoa disse, por causa desse falar dos pobres, dessa preferência: "Esse papa é comunista". Não! Essa é uma bandeira do Evangelho, não do comunismo: do Evangelho! Mas a pobreza sem ideologia, a pobreza... E por isso eu acredito que os pobres estão no centro do anúncio de Jesus. Basta lê-lo. O problema é que, depois, essa atitude para com os pobres, algumas vezes na história, foi ideologizada. Não, não é assim: a ideologia é outra coisa. É assim no Evangelho, é simples, muito simples. Mesmo no Antigo Testamento vê-se isso. E por isso eu o coloco no centro, sempre.
Moça – Eu não acredito em Deus, mas os seus gestos e os seus ideais me inspiram. Talvez o senhor teria uma mensagem para todos nós, para os jovens cristãos, para as pessoas que não acreditam ou têm outro credo ou acreditam de forma diferente?
Papa Francisco – Para mim, deve-se buscar, no modo de falar, a autenticidade. E, para mim, a autenticidade é: eu estou falando com irmãos. Todos somos irmãos. Crentes, não crentes, ou desta confissão religiosa ou da outra, judeus, muçulmanos... todos somos irmãos. O homem está no centro da história, e isso é muito importante para mim: o homem está no centro. Neste momento da história, o homem foi tirado do centro, deslizou para a periferia, e, no centro – ao menos neste momento –, está o poder, o dinheiro. E nós devemos trabalhar pelas pessoas, pelo homem e pela mulher, que são a imagem de Deus. Por que os jovens? Porque os jovens – retomo o que eu disse no início – são a semente que dará frutos ao longo do caminho. Mas também em relação ao que eu dizia agora: neste mundo, onde o que está no centro é o poder, o dinheiro, os jovens são jogados fora. As crianças são expulsas – não queremos crianças, queremos menos crianças, famílias pequenas: não se querem as crianças. Os idosos são expulsos: muitos idosos morrem por uma eutanásia escondida, porque não se cuida deles, e eles morrem. E agora os jovens são expulsos. Pensem que, na Itália, por exemplo, o desemprego juvenil dos 25 anos para baixo é de quase 50%; na Espanha é de 60%, e na Andaluzia, no sul da Espanha, é de 70% quase... Eu não sei o percentual de desemprego na Bélgica, que é...
Moça – ... um pouco: 5-10%...
Papa Francisco – É pouco. É pouco, graças a Deus. Mas pensem o que significa uma geração de jovens que não têm emprego! Você pode me dizer: "Mas eles podem comer, porque a sociedade lhes dá de comer". Sim, mas isso não é suficiente, porque eles não têm a experiência da dignidade de levar o pão para casa. E este é o momento da "paixão dos jovens". Nós entramos em uma cultura do desperdício: o que não serve a essa globalização é descartado. Os idosos, as crianças, os jovens. Mas, assim, descarta-se o futuro de um povo, porque nas crianças e nos jovens e nos idosos está o futuro de um povo. As crianças e os jovens, porque levarão adiante a história, e os idosos são aqueles que devem nos dar a memória de um povo, como foi o caminho de um povo. E, se forem descartados, teremos um grupo de pessoas sem força, porque não terão tantos jovens e crianças, e sem memória. E isso é gravíssimo! Por isso, eu acredito que devemos ajudar os jovens, para que possam ter o papel na sociedade, que, neste momento histórico difícil, é preciso.
Moça – Mas o senhor tem uma mensagem específica, muito concreta para nós, para que nós – talvez – possamos inspirar outras pessoas. Como o senhor faz? Também a pessoas que não acreditam?
Papa Francisco – Você disse uma palavra muito importante: "concreto". É uma palavra importantíssima, porque, na concretude da vida, você vai em frente. Com as ideias só, você não vai em frente! Isso é muito importante. E eu acredito que vocês, jovens, devem ir em frente com essa concretude da vida. Muitas vezes também com ações ligadas às situações, porque é preciso tomar isto, isto... mas também com as estratégias... Vou lhe dizer uma coisa. Falei, pelo meu trabalho também em Buenos Aires, com muitos jovens políticos, que passavam para me cumprimentar. E estou contente porque eles, sejam esquerda, sejam de direita, falam uma nova música, um novo estilo de política. E isso me dá esperança. E eu acredito que a juventude, neste momento, deve ir ao alto-mar e seguir em frente. Que sejam corajosos! Isso me dá esperança. Eu não sei se respondi: concretude nas ações.
Rapaz – Quando eu leio os jornais, quando olho ao redor, tenho dúvidas se a raça humana é realmente capaz de cuidar deste mundo e da própria raça humana. O senhor compartilha essa minha dúvida?
Papa Francisco – Eu me faço duas perguntas sobre essa questão: onde está Deus e onde está o homem? É a primeira pergunta que, no relato da Bíblia, Deus faz ao homem: "Adão, onde estás?". É a primeira pergunta ao homem. E eu também me pergunto agora: "Tu, homem deste século XXI, onde estás?". E isso também me faz pensar também na outra pergunta: "Tu, Deus, onde estás?". Quando o homem encontra a si mesmo, busca Deus. Talvez não consegue encontrá-Lo. Mas vai por um caminho de honestidade, buscando a verdade, por um caminho de bondade e um caminho de beleza. Para mim, uma pessoa jovem que ama a verdade e a busca, ama a bondade e é boa, é uma boa pessoa, e busca e ama a beleza está em um bom caminho e encontrará Deus, seguramente! Mais cedo ou mais tarde, vai encontrá-Lo!
Mas o caminho é longo. Algumas pessoas não o encontram na vida. Não o encontram conscientemente. Mas são tão verdadeiras e honestas consigo mesmas, tão boas e tão amantes da beleza que, no fim, têm uma personalidade muito madura, capaz do encontro com Deus, que é sempre uma graça. Porque o encontro com Deus é uma graça. Nós podemos fazer o caminho... Alguns o encontram nas outras pessoas... É um caminho a percorrer... Cada um deve encontrá-lo pessoalmente. Deus não se encontra por ouvir falar d'Ele, nem se paga para encontrar Deus. É um caminho pessoal, devemos encontrá-Lo assim. Eu não sei se respondi a sua pergunta...
Rapaz – Somos todos humanos e cometemos erros. O que os seus erros lhe ensinaram?
Papa Francisco – Eu errei, erro... (risos) Na Bíblia, se diz, no Livro da Sabedoria, que o homem mais justo erra sete vezes por dia! Para dizer que todos erram... Diz-se que o homem é o único animal que cai duas vezes no mesmo ponto, porque não aprende logo com os seus erros. Alguém pode dizer: "Eu não errei", mas não melhora. Isso leva você à vaidade, à soberba, ao orgulho... Eu acho que houve erros também na minha vida, e eles são grandes mestres de vida. Grandes mestres: ensinam muito. Também humilham você, porque podemos nos sentir um super-homem, uma super-mulher, e depois você erra, e isso humilha você e o coloca no seu lugar. Eu não diria que eu aprendi com todos os meus erros: não, acho que eu não aprendi com alguns, porque sou cabeça-dura, e não é fácil aprender. Mas aprendi com muitos erros, e isso me fez bem, me faz bem. E também reconhecer os erros é importante: eu errei aqui, eu errei lá, erro lá... E também estar atento para não voltar ao mesmo erro, ao mesmo poço... É uma coisa boa o diálogo com os próprios erros, porque eles ensinam você. E o importante é que eles ajudam você a se tornar um pouco mais humilde, e a humildade faz muito bem, muito bem para as pessoas, para nós, nos faz muito bem. Eu não sei se essa era a resposta...
Moça – O senhor tem um exemplo concreto de como aprendeu com um erro?
Papa Francisco – Não, eu vou dizer, eu o escrevi em um livro, é público. Por exemplo, na condução da vida da Igreja. Fui nomeado superior muito jovem e cometi muitos erros com o autoritarismo, por exemplo. Eu era autoritário demais aos 36 anos... E depois aprendi que é preciso dialogar, é preciso ouvir o que os outros pensam... Mas não se aprende de uma vez por todas, não. É um longo caminho. Esse é um exemplo concreto. E eu aprendi com a minha atitude um pouco autoritária, como superior religioso, a encontrar um caminho para não sê-lo tanto, ou ser mais... mas ainda erro!
Moça – Eu vejo Deus nos outros. Onde o senhor vê Deus?
Papa Francisco – Eu tento – tento! – encontrá-Lo em todas as circunstâncias da vida. Tento... Encontro-O na leitura da Bíblia, encontro-O na celebração dos sacramentos, na oração e também no meu trabalho eu tento encontrá-lo, nas pessoas, nas diversas pessoas... Encontro-O sobretudo nos doentes: os doentes me fazem bem, porque eu me pergunto, quando estou com um doente, por que este sim e não eu? E com os presos eu O encontro: por que este preso e não eu? E falo com Deus: "Tu sempre fazes uma injustiça: por que este e não eu?". E eu encontro Deus neste, mas sempre no diálogo. Faz-me bem tentar encontrá-Lo durante todo o dia. Eu não consigo fazer isso, mas tento fazer isso, estar em diálogo. Eu não consigo fazer exatamente assim: os santos o faziam bem, eu ainda não... Mas esse é o caminho.
Moça – Como eu não acredito em Deus, não consigo entender como o senhor reza ou por que reza. Pode me explicar como o senhor reza, na sua qualidade de pontífice, e por que reza? O mais concretamente possível...
Papa Francisco – Como rezo... Muitas vezes eu tomo a Bíblia, leio um pouco, depois a deixo e me deixo olhar pelo Senhor: essa é a ideia mais comum da minha oração. Deixo-me olhar por Ele. E eu sinto – mas não é sentimentalismo –, sinto profundamente as coisas que o Senhor me diz. Algumas vezes, Ele não fala... nada, vazio, vazio, vazio... mas, pacientemente, estou ali, e assim eu rezo... Estou sentado, rezo sentado, porque me faz mal ajoelhar-me, e algumas vezes eu pego no sono na oração... É também uma maneira de rezar, como um filho com o Pai, e isso é importante: sinto-me filho com o Pai. E por que eu rezo? "Por que" como causa ou por quais pessoas eu rezo?
Moça – As duas coisas...
Papa Francisco – Rezo porque preciso. Eu sinto isso, que me leva, como se Deus me chamasse para falar. A primeira coisa. E rezo pelas pessoas, quando eu encontro pessoas que me impressionam porque estão doentes ou têm problemas, ou há problemas que... por exemplo a guerra. Hoje eu estive com o núncio na Síria, e ele me fez ver fotos... E estou certo de que, hoje à tarde, vou rezar por isso, por aquelas pessoas. Eles me mostraram fotografias de mortos de fome, os ossos estavam assim... Neste tempo – eu não entendo isso – quando temos o necessário para dar de comer a todo o mundo, que haja gente que morre de fome, para mim, é terrível! E isso me faz rezar, justamente por essas pessoas.
Moça – Eu tenho os meus medos: do que o senhor tem medo?
Papa Francisco – De mim mesmo! (risos) Medo... Veja, no Evangelho, Jesus repete tanto: "Não tenham medo! Não tenham medo!". Muitas vezes ele diz isso. E por quê? Porque Ele sabe que o medo é uma coisa, eu diria, “normal”. Nós temos medo da vida, temos medo diante dos desafios, temos medo diante de Deus... Todos temos medo, todos. Você não precisa se preocupar por ter medo. Você deve sentir isso, mas não ter medo e depois pensar: "Por que eu tenho medo?". E, diante de Deus e diante de você mesma, tentar esclarecer a situação ou pedir ajuda de outro. O medo não é um bom conselheiro, por que lhe aconselha mal. Leva-o por um caminho que não é o certo. Por isso Jesus dizia tanto: "Não tenham medo! Não tenham medo!". Além disso, devemos conhecer a nós mesmos, todos: cada um deve conhecer a si mesmo e buscar onde é a zona na qual nós podemos errar mais, e ter um pouco de medo dessa zona. Porque há o medo ruim e o medo bom. O medo bom é como a prudência. É uma atitude prudente: "Veja, você é fraco nisso, nisso e nisso, seja prudente e não caia". O medo ruim é aquele que você diz que anula você, lhe aniquila. Aniquila você, não lhe deixa fazer algo: esse é ruim e é bom jogá-lo fora.
Tradutora – Você fez essa pergunta porque às vezes não é fácil, na Bélgica, por exemplo, falar da própria fé. E você disse: "Eu quero fazer esta pergunta porque quero ter a força também de testemunhar"...
Papa Francisco – Bem, agora eu entendo a raiz da pergunta. Testemunhar com simplicidade. Porque, se você vai com a sua fé como uma bandeira, como as cruzadas, e vai fazer proselitismo, isso não vai bem. O melhor caminho é o testemunho, mas humilde: "Eu sou assim", com humildade, sem triunfalismo. Esse é outro pecado nosso, outra atitude ruim, o triunfalismo. Jesus não foi um triunfalista, e a história também nos ensina a não sermos triunfalistas, porque os grandes triunfalistas foram derrotados. O testemunho: ele é uma chave, ele interpela. Eu o dou com humildade, sem fazer proselitismo. Oferto-o. É assim. E isso não dá medo. Você não vai para as cruzadas.
Tradutora – Há uma última pergunta...
Papa Francisco – A última? É a terrível, a última, sempre...
Rapaz – A nossa última pergunta: o senhor tem uma pergunta para nós?
Papa Francisco – Não é original a pergunta que eu quero fazer a vocês. Eu a tomo do Evangelho. Mas acredito que, depois de ter ouvido vocês, talvez seja a certa neste momento para vocês. Onde está o seu tesouro? Essa é a pergunta. Onde repousa o seu coração? Sobre qual tesouro repousa o seu coração? Porque, lá onde está o seu tesouro, estará a sua vida. O coração é apegado ao tesouro, a um tesouro que todos nós temos: o poder, o dinheiro, o orgulho, muitos... Ou a bondade, a beleza, a vontade de fazer o bem. Pode haver muitos tesouros. Onde está o seu tesouro? Essa é a pergunta que eu faço. Mas vocês têm que dar a resposta a vocês mesmos, sozinhos! Na casa de vocês...
Tradutora – Eles vão enviar a resposta com uma carta...
Papa Francisco – Deem-na ao bispo... Obrigado! Obrigado a vocês, obrigado! E rezem por mim.
[Depois dos cumprimentos:]
Rapaz – Desculpe, quem o senhor acha que vence a Copa do Mundo? Bélgica ou Argentina?
Papa Francisco – Não... A presidente do Brasil esteve aqui, a senhora Rousseff, e me disse: "A Copa é nossa, do Brasil!" [risos].
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Assista a alguns trechos da entrevista abaixo, em italiano:
{youtube}thLOqVZLu48{/youtube}
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''O coração do Evangelho é o anúncio aos pobres. Basta lê-lo.'' Entrevista de alguns jovens belgas com o Papa Francisco - Instituto Humanitas Unisinos - IHU