Por: André | 25 Fevereiro 2014
A oposição abocanhou da situação a prefeitura de Quito e manteve a de Guayaquil, as duas principais cidades do Equador, segundo pesquisas de boca de urna das eleições regionais e municipais realizadas no domingo, divulgadas pela agência de notícias estatal Andes.
A reportagem está publicada no jornal argentino Página/12, 24-02-2014. A tradução é de André Langer.
Em Quito, o opositor Mauricio Rodas obteve 60,3% dos votos contra 37,8% de Augusto Barrera, o prefeito da situação que concorria à reeleição, de acordo com a sondagem da Opinión Pública. Em Guayaquil, o veterano Jaime Nebot, também com 60,3%, obteve sua terceira reeleição consecutiva ao derrotar a concorrente da situação, Viviana Bonilla, que obteve 37,8% dos votos. Rodas, da aliança Soma-Vive, prometeu aos seus simpatizantes que sua gestão será “para todos os quitenses”. “Hoje, o povo de Quito deixou claro que podemos viver melhor. Vamos impulsionar uma nova visão, uma visão fresca, moderna e de futuro para Quito, vamos fazer desta a cidade maravilhosa que sempre sonhamos, respeitando a todos”, manifestou. O prefeito eleito mostrou-se disposto a colaborar com a situação e destacou que os resultados apontam que “Quito não é de uma só cor, é de todas as cores, é a diversidade de ideias”.
Barrera, por sua vez, aceitou a derrota e desejou sucesso ao seu adversário. “Hoje (domingo) é um dia triste, mas não necessariamente um desses dias duros que a Pátria enfrentou”, reconheceu o candidato, que agradeceu o “enorme apoio” dos quitenses à Aliança País, formação que conserva “uma porcentagem sólida e robusta” de apoio na cidade. Barrera garantiu que não permitirá que se retroceda na governabilidade alcançada na cidade durante sua administração. “Com toda humildade, estaremos totalmente atentos neste processo de transformação que se deu em Quito”. Mas, ao mesmo tempo, Barrera assumiu a responsabilidade por eventuais erros que pudesse ter cometido na gestão municipal e no desenvolvimento da campanha.
O presidente equatoriano Rafael Correa reconheceu a derrota do seu movimento Aliança País na eleição das prefeituras de Quito e Guayaquil. “Tivemos um importante revés na capital, que terá de ser analisado”, disse Correa em um ato na sede do seu partido ao admitir que essa cidade “é importante por questões de governabilidade”. Assim mesmo, destacou a “ampla vitória” da situação na prefeitura (representação provincial) de Pichincha, cuja capital é Quito, onde o candidato da situação, Gustavo Baroja, venceu a eleição na jurisdição com mais de 58% dos votos.
Correa destacou o resultado alcançado por sua candidata à prefeitura de Guayaquil, Viviana Bonilla, uma jovem profissional que, apesar de perder, obteve resultados “extraordinários”, segundo o presidente. “Os reveses sofridos neste dia significam que nada está ganho, temos que ganhá-lo dia a dia”, repisou o presidente. Horas antes, Correa disse, após votar, que a do Equador é “uma das democracias mais sólidas” da região. “Avançamos muito na democracia formal, mas falta muito para alcançar os direitos reais: superar a pobreza”, advertiu Correa, quem há um ano venceu as eleições presidenciais com ampla margem. “Há disputas muito profundas pela paz e pela alegria”, acrescentou o presidente. As pesquisas prévias anteciparam a vitória da Aliança País, no governo, mas assinalaram a possibilidade de que as prefeituras de Quito e Guayaquil passassem à oposição.
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Correa lamenta a perda da prefeitura de Quito - Instituto Humanitas Unisinos - IHU