Por: Caroline | 05 Fevereiro 2014
O Papa Francisco (foto) dirigiu-se hoje aos mais de oito mil membros do Caminho Neocatecumenal que foram recebidos, pela primeira vez, na Sala Paulo VI. Fez um convite para que levem “inclusive aos ambientes mais descristianizados, especialmente às periferias existenciais, o Evangelho de Jesus Cristo”, e ofereceu três conselhos para a superação de alguns perigos.
A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicado por Vatican Insider, 01-02-2014. A tradução é do Cepat.
Fonte: http://goo.gl/zMDCNM |
O Papa Bergoglio falou especialmente para as 414 famílias que irão partir em missão de evangelização para a região da Ásia (China, Índia, Vietnan, Mongolia). Esta é uma das peculiaridades dos neocatecumenais, que, seguindo o mandato do bispo, criam algumas “missio ad gentes” para anunciar e testemunhar o Evangelho em várias partes do mundo: “A Igreja está muito agrecida por sua generosidade! Obrigado por tudo o que fazem na Igreja e no mundo”.
O Papa Francisco também quis aconselhar aos catecumenais: “Em nome da Igreja, nossa Mãe, nossa santa mãe Igreja hierárquica, como gostava de chamá-lá Santo Inácio de Loyola – disse – quero propor-lhes algumas simples recomendações. A primeira é a de ter o máximo de cuidado para construir e conservar a comunhão dentro das Igrejas particulares nas quais irão trabalhar. O Caminho tem seu próprio carisma, sua própria dinâmica, um dom, que como todos os dons do Espírito tem uma profunda dimensão eclesial. Isto significa colocar-se para escutar da vida das Igrejas, aquelas para as quais seus responsáveis os enviam, valorizando suas riquezas, sofrendo por suas debilidades se for necessário, e caminhando junto, como um único rebanho sob a guia dos Pastores das igrejas locais”.
Em sua segunda recomendação, o Papa reiterou que independente de para onde vão lhes farão bem lembrar que o Espírito de Deus sempre chega antes de nós: “O Senhor sempre nos precede! Inclusive, nos lugares mais remotos, inclusive nas culturas mais diferentes, Deus espalha por toda parte a semente de sua Palavra. De onde brota a necessidade de prestar uma atenção especial ao contexto cultural no qual vocês, como famílias, vão trabalhar: trata-se de um ambiente que é, recorrentemente, muito diferente daquele do qual vocês vêm". A terceira exortação do bispo de Roma foi a de cuidar um dos outros com amor, especialmente dos mais fracos, frente às dificuldades que um irmão ou uma irmã possam encontrar em seu itinerário: “Nesses casos, o exercício da paciência e da misericórdia por parte da comunidade é um sinal de maturidade da fé. A liberdade de cada indivíduo não deve ser forçada, deve-se respeitar também a eventual opção daqueles que decidem buscar, fora do caminho, outras formas de vida cristã que os ajudem a crescer em sua resposta ao chamada do Senhor”.
O Papa concluiu com o convite para “levarem o Evangelho mesmo nos ambientes mais descristianizados e às periferias existenciais”. “Evangelizem com amor – acrescentou – levem a todos o amor de Deus. Digam aos que encontrarem pelos caminhos de sua missão, que Deus ama o homem tal como é, mesmo com suas limitações, seus erros, com seus pecados. Sejam mensageiros e testemunhas da infinita bondade do Pai e de sua misericórdia inesgotável. Confio vocês à Virgem Maria, para que inspire e sustente sempre seu apostolado. Para a escola da terna Mãe, sejam missionários zelosos e alegres”.
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O Papa pede aos neocatecumenais para irem à periferia e manter a unidade - Instituto Humanitas Unisinos - IHU