Monitoramento da baía de Guanabara pode ser interrompido por falta de verba

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30 Novembro 2015

O único trabalho independente de pesquisa e monitoramento das águas da baía de Guanabara, realizado há 19 anos, corre o risco de chegar ao fim por falta de verba. Coordenado pelo professor do laboratório de hidrobiologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Rodolfo Paranhos, o projeto leva estudantes e pesquisadores, desde 1997, para colher e analisar amostras de sete pontos da baía, em expedições mensais.

A reportagem foi publicada por BBC Brasil, 28-11-2015.

Embora o laboratório tenha fundos aprovados com os principais órgãos de fomento à pesquisa do país e do Estado do Rio, o dinheiro não foi integralmente repassado este ano, por conta da crise econômica, segundo o professor.

Para garantir a continuidade do trabalho, Paranhos resolveu recorrer a uma campanha de financiamento coletivo. A meta é chegar a R$ 90 mil, o fôlego necessário para seguir com o trabalho até o fim de 2016 e fechar uma série histórica de 20 anos de dados.

"Hoje podemos avaliar como está evoluindo a qualidade da água da baía de Guanabara. Infelizmente está piorando muito. Ela é pior hoje do que era ano passado, do que era há dez anos, do que era há 50 anos", diz Paranhos.

"Mas nós vemos algumas possibilidades de recuperação. A importância deste trabalho está em mostrar à população os reflexos da nossa vida no ecossistema que esta em torno da nossa cidade".

O foco da pesquisa da UFRJ é a ecologia dos microrganismos e a associação deles com a saúde e qualidade ambiental da baía. São monitorados índices de oxigênio, pH, salinidade, temperatura, nitrogênio, fósforo e bactérias. O outro monitoramento realizado na baía é feito pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Embora o foco seja diferente, os estudos são complementares, segundo Paranhos.

Os dados da pesquisa do laboratório de hidrobiologia da UFRJ ficam disponíveis online, em um banco de dados, para quem quiser usar.